20 de abril de 2010

Centenário da morte de Mark Twain

Neste 21 comemora-se, por assim dizer, o centenário do falecimento de Mark Twain, um dos, se não o, maior escritor norte americano.

Nascido Samuel Langhorne Clemens, em 30 de novembro, no estado americano do Missouri, ao qual se referiria certa vez:

Se você nasceu em meu estado, o pronuncia Missourah; se não nasceu  em meu estado, pronuncia-o Missouree. Mas, se você nasceu no meu estado e teve de viver a vida inteira nele, pronuncia misery.


 mtwain

Twain podia até não gostar de lá, mas foi dali que tirou a inspiração para os personagens de suas obras mais conhecidas: As aventuras de Tom e Huck, que o ajudaram a transformá-lo na personalidade mais proeminente de seu tempo, ganhando rios e rios de dinheiro – apoiados, claro, em suas famosas palestras de “pós-jantar”, onde exibia toda a sua capacidade de observação e interpretação dos tipos americanos da época, com anedotas um tanto quanto mordazes.

tomhuck

Tropecei em Twain lá pelos idos de 2000, quando um exemplar de As Aventuras de Tom Sawyer (The Adventures of Tom Sawyer - 1876) me caiu nas mãos. Foi um livro de leitura fácil e prazerosa para meus 14 anos, e por boas horas, durante a tarde, me imaginei na pele do garoto, vivendo suas aventuras no Mississipi.

Logo depois mergulhei de corpo e alma n'As Aventuras de Huckleberry Finn (Adventures of Huckleberry Finn - 1884), e as aventuras ainda mais empolgantes – em diversos sentidos – dos dois amigos, mostrando um retrato da sociedade da época que a própria sociedade referia fingir que não era real, e, hoje pondero, justamente por isso um livro que foi melhor apreciado por mim.

 príncipeviagens

O Príncipe e o Mendigo (The Prince and the Pauper - 1882) me surgiu logo depois e, sinceramente, estranhei – acostumado como estava aos cenários dos dos anteriores e suas aventuras no, ou à beira, do Mississipi – a ambientação européia. O livro conta a história conta de duas crianças idênticas, a não ser pelo fato de que uma era um príncipe e a outra um mendigo explorado nas ruas da capital. Logo a seguir acontece o de praxe: se encontram, trocam de papel e passam por diversas aventuras.

Das Viagens de Tom Sawyer (Tom Sawyer Abroad – 1894) gostei menos ainda, para mim perderam a “ingenuidade” das primeiras aventuras, e me lembrou o tempo todo de Cinco Semanas num Balão, tato que tenho que fazer algum esforço para me lembrar de algo deste livro, que contava as aventuras de Tom, que, para vencer um rival que iria para Washington, embarca em um balão que, por acidente, se solta e levanta vôo. Após o piloto enlouquecer, têm de assumir o controle e passam por diversas aventuras.

Sem dúvida alguma os primeiros foram os que mais me marcaram, em especial Tom Sawyer. Me imaginei criança como ele, não tão travessa ou inventiva, é verdade, mas uma criança feliz. E o fui, a cada momento, ao percorrer cada página.

Mark Twain proporcionou divertimento intelectual a milhões, e suas obras continuarão a dar tal satisfação a milhões ainda por vir.
- William H. Taft, presidente americano, quando da morte de Twain, em 21 de Abril de 1910.

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Oscar