13 de agosto de 2010

4 coisas que me agradam nos e-books

No último post, falei um pouco sobre as preocupações que os e-books, um dos itens mais desejados por mim no momento, me trazem; agora lanço um olhar sobre o outro lado da moeda, buscando falar sobre a questão do ponto de vista de um consumidor em potencial – que certamente pensará duas vezes antes de desembolsar 7 ou 8 garoupas para adquirir um. O que me agrada nestes aparelhos?

Livros mais baratos que versão impressa: é uma coisa que todos esperam mas que fico com o pé atrás, já, que, com toda a certeza as editoras tratarão de repassar ao consumidor os custos com a implantação das novas tecnologias necessárias para disponibilizar os e-books no mercado. Com certeza virão com a típica história do “com o tempo o preço diminui”. Porém, com o fim (e aqui estou pensando longe, mas bem longe) das edições impressas o que seria o trunfo do estoque zero, tão sonhado por administradores quaisquer que sejam o ramo de sua atuação, trazendo menos custos às editoras, que, ao menos em tese, poderiam disponibilizar seus produtos a um preço menor.

Livros disponíveis a qualquer um em qualquer lugar, sem ter de ficar atrelado ao acervo de uma livraria (quando ela existe): Quem mora no interior conhece bem este dilema: livrarias são raras, e o acervo não é nenhuma maravilha, se limitando, muitas vezes aos grandes sucessos do momento. Aqui, em Presidente Prudente, recentemente foi fechada a última grande livraria, que não era muito prestigiada pelos visitantes do shopping onde ficava. A perda foi considerável, mesmo que uma vez a vendedora tenha tentado me vender um exemplar de Crepúsculo no lugar de A Paixão Segundo G.H. Por fim, restaram como alternativas os sebos, as grandes lojas de departamento, e a internet. Dos três, os sebos que, em tese, seriam a melhor opção, pois trazem um número maior de títulos – principalmente clássicos – a um preço baixo, caem um pouco em minha preferência pois, após o fechamento da livraria, pôde-se perceber um sensível aumento nos preços. Nada pessoal, imagino, só negócios. As lojas de departamento também se limitam aos grandes lançamentos, e quanto à internet, ficamos quase sempre presos ao frete, o que muito me incomoda. Com o advento do e-book, tudo se torna mais simples, pois elimina-se a figura do intermediário, e, de onde quer que você esteja – desde que tenha uma conexão com a internet – pode adquirir o título que quiser.

Fim da necessidade de se ventilar e limpar os livros constantemente: Sigo algumas regras básicas para preservar meus livros, que ficam guardados em um organizador afastado uns 10 centímetros da parede – conforme recomendações – que é folheá-los a cada 15 dias, retirar a poeira, limpar o organizador, verificar a necessidade de se trocar a naftalina, etc., e tudo isso leva tempo e sempre me trás uma crise alérgica. Com os e-books tudo fica mais organizado e menos empoeirado. Meu farmacêutico não agradece.

Maior disponibilidade e variedade de obras de autores clássicos: Essa é uma de minhas maiores esperanças. Mesmo sendo medalhões da literatura, obras de escritores do calibre de Júlio Verne, Arthur C. Clarke, Isaac Asimov e Clarice Lispector são muito difíceis de se encontrar – claro que falo isso baseado em meu universo, onde livraria é um tipo de comércio já extinto – então a oferta de livros digitais pode romper esta barreira: sem a necessidade de se ater a custos de impressão e distribuição, e eliminada a preocupação com estoques, perdas inerentes a ele e tudo o mais, um número maior de títulos podem chegar até este tipo de consumidor – mais uma vez, teoricamente falando.

Somando prós e contras, tenho mais esperanças que medos quando o assunto são os e-books. Apesar do preço salgado que andam recebendo por aqui, acredito que, em um futuro nem tão próximo, acabarão por democratizar o acesso à leitura, levando a regiões antes inatingíveis aquilo de que somente os centros mais desenvolvidos desfrutam há séculos. É uma esperança. Uma nova esperança.

[Quem disse que nesse país a internet funciona quando você precisa dela? Este post estava prometido para ontem, mas só pude postá-lo hoje. Sofrer com os provedores é a nova “fila do INSS” do brasileiro.]

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Oscar