26 de janeiro de 2015

1001 Videogames Para Jogar Antes de Morrer, de Tony Mott [Resenha #202]

1001 Videogames Para Jogar Antes de Morrer


Sinopse: “1001 Videogames Para Jogar Antes de Morrer” é o primeiro e mais completo guia já publicado dos melhores jogos. Organizado cronologicamente e com games para diversas plataformas (PC, Xbox, PlayStation, etc.), este livro apresenta antigos clássicos e novos favoritos, games que rapidamente se consagraram junto aos usuários e à crítica especializada. Cada resenha traz detalhes sobre a data original de lançamento e as plataformas em que o game está disponível. Textos informativos escritos por uma equipe internacional de jornalistas, designers e críticos do setor explicam o funcionamento de cada jogo e suas qualidades gráficas, além da contribuição para seus respectivos gêneros.


Em se tratando de videogames – e, quem eu quero enganar?, de uma porção de outras coisas – sou macaco velho. Há quem diga que é coisa de criança, que não dá futuro, que molda malignamente nosso cérebro e nos faz agressivos e anti-sociais e que tem tantas coisas mais úteis em que investir nosso tempo mas, quer saber, nenhuma dessas pessoas anda pagando minhas contas!, então, eu jogo mesmo.

Grande parte do meu interesse por jogos vem da convivência direta com meu irmão mais velho, que ganhou seu primeiro aparelho quando eu tinha uns seis anos, e de lá para cá, nunca fiquei um tempo sem jogar. Tenho o orgulho de ser nintendista por convicção e achar que tudo o que vem da Sony fede; e nenhuma época foi melhor que a dos 16-bits, onde todo mundo tinha um Super Nintendo, e cada um sabia um macete diferente em Super Mario World, mas poucos, eu incluso, podia falar que venceu Tubular antes de ter um ataque de nervos.

Em grande parte por isso fiquei muito interessado no lançamento do “1001 Videogames”, mas, apesar de ter gostado bastante do “1001 Livros Para Ler Antes de Morrer”, a série “1001 Alguma Coisa” já vinha me parecendo um caça-níquel, com os mais diversos títulos sendo lançados. Mas, no caso do 1001 Videogames Para Jogar Antes de Morrer, ele vale a pena.

O livro é separado por décadas, com cada uma delas trazendo os mais representativos jogos lançados no período, para as mais diversas plataformas. A estrutura básica do livro inclui o título do jogo, quando e para qual console foi lançado, quem o produziu e quase sempre acompanhados de uma imagem do jodo – algumas delas de página inteira! Graficamente o livro é lindo, é de encher os olhos. Os textos se limitam a falar sobre o que era o jogo em questão é o que ele representava na época em que foi lançado que justifica sua entrada na lista, nada muito elaborado, apenas o suficiente para não deixar ninguém no escuro. Ele não é também o tipo de livro que você se senta e lê. O bacana é pegar aos poucos e folhear aleatoriamente, aproveitando o momento. Ah, o prefácio do mestre Peter Molyneux é sensacional.

A seleção de jogos é muito boa, e, apesar de bastante abrangente, são mil e um jogos!, senti muito a ausência de SunsetRiders, clássico dos arcades que me fez gastar muitas fichas no fliperama quando tinha uns dez anos; e do maravilhoso Flower, Sun and Rain, do Goichi Suda, que joguei no Nintendo DS. Isso prova que, mesmo uma lista com mais de mil títulos, pode cometer injustiças.

Mas de reclamação maior, mesmo, fica o fato de que alguns jogos estão com as informações datadas. Por exemplo: você está lendo sobre algum jogo, e a pessoa que escreve sobre ele diz algo como “temos de esperar pela sequência”, e ela já foi lançada; ou que “você só encontrará este jogo no console X”, mas ele recebeu também ports para outras versões. São coisas que incomodam. Acho que não custa nada – é até questão de respeito ao consumidor – que se incluam notas de rodapé trazendo informações complementares que atualizem o leitor e não o deixe perdido. Quem sabe em futuras impressões.

 

1001 Videogames Para Jogar Antes de Morrer, de Tony Mott (1001 Videogames You Must Play Before You Die, 2010 – Tradução de Ana Ban, Flávia Souto Maior, Livia de Almeida, Paulo Polzonoff Jr., Rafael Correa, 2013) – 960 páginas, ISBN 9788581630045, Editora GMT. [COMPRAR NO SUBMARINO]

{A-}

3 comentários:

  1. A Michele e o Eiti passaram uma tarde na cultura namorando esse livro, foleando e descobrindo quais jogos tinham jogado ou não. Eu fiquei olhando! Em uma outra vida eu tive interesses em jogos, talvez na próxima venha a ter novamente... Nessa eu fico só olhando vocês falarem!

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  2. Eu não gosto de jogos, sou péssima, não tenho paciência, enjoo logo... Muitos fatores para eu não jogar, rsrs.

    Mesmo assim adorei a resenha!! ♥

    Bjkssssss

    Lelê - http://topensandoemler.blogspot.com.br/

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  3. Acho essa série interessante porque, com 1001 itens, só com um mísero detalhe mesmo para cometer certas injustiças. Pra não dizer que nunca tive video game, eu tive aquele da Sega que o controle era o próprio video game e vc só podia jogar Alex Kid. De resto, meu contato com os consoles vem dos tempos de facul (o Senac tem a sala de games com muitos consoles _o/) e com meu namorado, que é Sony até a morte. Logo, eu também sou hahahaha.

    Eu evito investir em video game porque sou péssima em qualquer um, sou uma NEGAÇÃO, UMA VERGONHA - VERGONHA -, jogando Mario ou qualquer clássico. A única coisa que eu sou bem marromeno é em Guitar Hero (mas só no medium) e Tekken. Logo, NE-GA-ÇÃO hahahaha

    Abraços!

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