3 de junho de 2010

Sobre Cole

rlaRequiém em Los Angeles, de Robert Crais, foi mais um livro que sofreu devido à elaboração de meu TCC no segundo semestre do ano passado, porém, ao contrário dos demais, não interrompi por completo sua leitura, sempre que podia dava uma olhada em suas páginas. Ao terminá-lo me arrependi de ter sido assim. A obra de Crais foi feita para se ler por inteiro, com seus personagens tão bem delineados, como Joe Pike, um grandalhão tatuado, calado e dono de um par de olhos azuis que falam por si, mas que sempre esconde atrás de óculos escuros, e Elvis Cole, um detetive à moda antiga, honesto, direto, e com um fraco por mulheres em apuros.

Lá pelo final, Cole, o melhor detetive do mundo – e também o menos modesto – faz um balanço de sua vida, sentado no capô de seu carro,com as pernas cruzadas. Então acontece em poucos parágrafos um “diálogo” com uma coruja (!) que pode parecer simplório, ou até mesmo desnecessário, mas, após 444 páginas na companhia deste detetive passa-se a entender e valorizar as menores e mais simples coisas da vida. 

A coruja disse “Who?”

Você ouve isso das corujas.

E, na página seguinte, continuando seu balanço mental de tudo o que enfrentara, ganhara e – como é comum aos grandes detetives - perdera:

A coruja disse:

- Who?

Respondi:

- Eu.

Assim é Elvis Cole. Tenho que lê-lo novamente.

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Oscar