18 de outubro de 2010

BookCrossing

bookcrossing-logo-900Li, recentemente, no G1, uma matéria sobre BookCrossing, e fiquei extremamente interessado. Imaginem você, amante da leitura, libertando um livro por aí, num lugar qualquer, para que outra pessoa possa lê-lo e, assim se espera, fazer a mesma coisa quando terminar sua leitura, numa espécie de corrente. Creio que os livros são escritos para isso: para tocar o maior número possível de pessoas, e o BookCrossing em grande parte torna este ideal realidade, principalmente num país onde grande parte das pessoas dizem não ler devido ao preço dos livros. Fico pensando na surpresa de se encontrar um livro mundo afora desta maneira: passeando calmamente por uma praça até dar de cara com um livro solto por ali, contendo em si algo que talvez somente ele possa te dar: uma palavra amiga, um momento de conforto, uma resposta. Mas já estou pensando lá adiante, e, antes de dar o próximo passo, tenho de sana algumas dúvidas que a atividade me trás.

Que tipo de livro libertar?

Claro que não é aconselhável – acho eu – sair distribuindo por aí obras de James Joyce, A Montanha Mágica, de Thomas Mann, ou mesmo Hercólubus. Devem ser livros de fácil leitura, ampla aceitação e, sempre que possível, isento de crenças e dogmatismos, claro que, em grande parte, adequados ao público frequentador do local onde deixarei os livros – tomando o devido cuidado de não menosprezar o “público alvo” – , o que me leva a outra questão:

Onde libertar?

Pensei em alguns lugares chave aqui em Presidente Prudente: os dois shopping centers, a praça da Igreja Matriz e a rodoviária. Sendo lógico, se quero que os livros viagem e toquem outras pessoas, a rodoviária seria a melhor opção, mas temo a depredação, que pode acontecer.

Será que a pessoa que resgatar o livro vai devolvê-lo após a leitura?

Quando você liberta o livro, espera que a outra pessoa faça o mesmo, mas e se ela não o fizer? Pensando bem, acredito ser este o menor dos problemas, pois, como em todo movimento, cada um faz a sua parte confiando que o outro também fará a sua, então sejamos otimistas. Mas o fato é que, para o rastreamento do livro, é necessário que se entre no site do movimento e se insira o BCID, código que identifica o livro, e fico me perguntando quais as probabilidades de isso acontecer numa cidade como Presidente Prudente. E se não acontecer? Perder o rastro dos livros é algo que me incomodaria, mas é um risco que devo correr, e, mais uma vez, pensar positivo.

O melhor, por enquanto, é pesquisar e planejar. Uma ou duas perguntas para o pessoal da página do BookCrossing Brasil no Facebook não faz mal algum.

2 comentários:

  1. Assim como um filho, colocar um livro no mundo é um risco. Entende porque alguns autores tem ciúmes de suas obras? (rs*)
    A postagem que fiz sobre o bookcrossing rendeu frutos e vamos movimentar algo. Aguarde!!

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  2. Luma,

    Que bom que as pessoas se mobilizaram. Da minha parte, pretendo libertar alguns livros até o começo do mês que vem, mas já estou ansioso.

    Abraços.

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Oscar