18 de abril de 2011

A Sétima Torre III–Aenir [Resenha #015]


AenirApós uma recepção calorosa – no pior dos sentidos – no castelo, e seguindo o conselho de seu tio Ebitt, Tal e Milla vão para Aenir, em busca do Códex, artefato que pode indicar a Tal onde seu irmão Gref está escondido, e, talvez, saber que destino tomara seu pai. Este é um volume chave para a série: ao mesmo tempo em que Tal e Milla se aproximam eles se afastam, e de um modo que pode ser definitivo. Pelo visto, as alianças na série são bem tênues, e a lealdade de ambos é constantemente posta em jogo, e somente o juramento feito no navio do Clã dos Caçadores a mantém, debilmente, de pé.

No princípio, confesso que Aenir me pareceu uma terra um tanto quanto sem graça, até certo ponto decepcionante se comparado com tudo o que esperava do Reino dos Espíritos, mas conforme a história avança percebe-se que ele em nada fica devendo a outras terras fantásticas, com seus seres, mágicas e lendas.

Um grande exemplo disso é a Casa da Aurora, uma torre esculpida em uma árvore gigantesca, e, apesar de não apresentar nenhum indício físico de que tenha havido algum incêndio por lá, apresenta um forte odor de queimado. Além é claro, da estranha figura de Rudbrut, um personagem chave em determinado ponto do livro, mas não vale a pena estragar a surpresa de um possível leitor.

Em Aenir, ficamos sabendo que a ligação entre Escolhidos e os Homens-do-Gelo é maior do que se pensa, e que, apesar de ter ficado relegada ao passado, e aparentemente esquecida por ambas as partes, engloba até mesmo o Reino de Aenir, e uma grande guerra. Outro ponto forte é o estreitamento, à sua maneira, do relacionamento entre Tal e Milla, mesmo que ele fique bastante estremecido em determinado trecho, por Tal tomar uma decisão que, apesar de necessária, é vista pela Menina-do-Gelo como um ato de traição.

Tendo que passar por grandes aventuras em um reino mágico onde nem tudo precisa fazer sentido, e a mais bela das coisas pode ser a maior das armadilhas, Tal e Milla, em companhia de Adras e Odris – se disser quem são perde um pouco da graça – e Zicka, um Kurshken falante, finalmente somos brindados, nesta série de Garth Nix, que narra uma história como ninguém, por uma fantasia de primeira linha.

Este volume, de certa forma, me caiu bem melhor que os anteriores, A Queda e O Castelo, talvez por que represente, de certa forma, o pico da montanha: já escalamos uma de suas faces, agora, no pico, só nos falta descer o outro lado para chegarmos à uma conclusão. Apesar de com meio caminho, isso não quer dizer, de forma nenhuma, que os desafios serão menores.

E será que Sushin não é humano?!?

A Sétima Torre III – Aenir (The Seventh Tower – Aenir, 2001) Garth Nix – 237 páginas, Editora Nova Fronteira4a

2 comentários:

  1. Ai a cada resenha que leio dessa série, mais eu quero ter para ler também, acho que vou ter de percorrer os sebos da cidade....Lu vim avisar para você: Visitem e vejam a promoção....desculpa pessoal esqueci de postar essa parte antes >>>> http://migre.me/4hvTD

    Beijokas elis!!!!!!
    Eu ando meio desligada esqueci dessa parte do post...rsrsrs....te mais amigo...olha eu não posso comparar o John grisham porque O Advogado foi o primeiro livro que li dele...eu gostei da maneira que ele escreveu vamos ver os próximos livros como serão...fui

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  2. Elis,

    A Sétima Torre está ficando cada vez melhor, mal posso esperar para seguir lendo-a. Quanto a Grisham, no final das contas ele é bom, mas não o achei tão bom quanto dizer que é.

    Abração.

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