8 de junho de 2011

Colin Cosmo e Os Supernaturalistas, de Eoin Colfer [Resenha #022]

Colin Cosmo foi o primeiro livro que resenhei em um blog, e isso foi no distante ano de 2008. Lá se vão quase 3 anos, mas, não mudaria tanto de ideia. Sabe que ate gostei da forma como escrevia na época?  Na verdade nem acho que ela tenha mudado tanto. Bom, naquele 15 de dezembro eu comecei escrevendo assim: Ontem terminei de ler Colin Cosmo e os Supernaturalistas, (The Supernaturalist), do Eoin Colfer. Sei que é um livro infanto-juvenil, mas era exatamente disso que estava precisando, de um livro descompromissado e fácil de ler, que não me fizesse pensar muito.

No livro, escrito pelo mesmo autor da famosa série Artemis Fowl, Colin Cosmo é um sem patrocínio que vive num orfanato numa megalópole controlada por um satélite chamado Myishi 9. Quase tudo o que as pessoas utilizam é controlado por este satélite. Na condição de um sem patrocínio, Colin Cosmo (sobrenome ganho por ter sido encontrado na Colina do Cosmonauta - pelo jeito, desde a época de Charles Dickens que os orfanatos não têm muita imaginação para dar um sobrenome aos internos) é obrigado a viver no Instituto Clarissa Frayne, onde outros sem patrocínio como ele vivem num ambiente degradante, uma vez que são utilizados como cobaias em inúmeras experiências que, no fim das contas, financiam o instituto.

299696_4Bom, dá pra notar que viver num ambiente assim não é nada agradável, mas, num belo dia (nem tão belo assim, pois a poluição sempre distorce as cores do céu) Cosmo tem a oportunidade de fugir, sendo resgatado pelos Supernaturalistas. Estes, comandados por um "garoto alto" como é costumeiramente identificado pelo autor, chamado Stefan, lutas contra criaturas azuis (que Cosmo passa a ver após o acidente), que, assim acreditam, sugam a energia vitral dos seres humanos.

A partir daqui não dá mais para contar nada sem ser mais spoiller do que já fui, só posso dizer que Cosmo se junta aos Supernaturalistas (como indica o título do livro :P).

A narrativa do livro é cadente (no sentido de ritmada), apesar de algumas passagens pedirem por mais um ou dois parágrafos de descrição, para fazer com que o leitor entre no clima, entretanto, isso não compromete definitivamente a experiência que o livro proporciona, e Colin Cosmo tem uma boa dose de carisma, não é lá um Frodo Bolseiro ou um Harry Potter, mas o leitor sente o personagem, graças a boa construção realizada por Colfer.

No fim das contas é um livro que agrada e surpreende o leitor pelas constantes reviravoltas, e pelo final não muito convencional para um livro infanto-juvenil.

Eu gostei, mas não pretendo lê-lo de novo.

Colin Cosmo e os Supernaturalistas, (The Supernaturalist, 2004) Eoin Colfer – Tradução de Alves Calado, 317 páginas; ISBN 8501070637, Editora Record.

2,5

 

 

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4 comentários:

  1. Cê também tá resgatando artigos/resenhas antigos seus? Legal! É patente sua evolução na escrita.

    No meu caso, não estou resgatando, mas postando textos inéditos mesmo. Abração!

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  2. Jorge,

    Nem me lembrava deste, até que decidi rever os artigos de meu antigo blog. Ainda tem duas ou três resenhas lá que pretendo trazer, aos poucos, pra cá.

    Grande abraço.

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  3. Eu ja li Artemis vol 1, e gostei, mas também é uma leitura que para mim será feita somente uma vez. Quando terminei de ler o livro artemis pensei em ler esse da resenha, mas ainda não tive oportunidade de te-lo ou pegar emprestado, quem sabe mais para frente. Mas gostei da sua resenha e creio que esse autor seja assim, para ler somente uma vez, pois suas obras não são viciantes e sim interessantes. Digo isso porque acho Harry Potter viciante e eu tenho na minha estante para ler e reler quando tiver vontade...rsrs...beijokas elis

    http://amagiareal.blogspo.com/

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  4. Elis,

    Exatamente isso. Outro exemplo de livros viciantes são O Senhor dos Anéis, além de alguns policiais, como os de Robert Crais. Colin Cosmo é bacana, mas não vicia mesmo.

    Beijo.

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