4 de maio de 2015

Uma Vez na Vida, de Marianne Kavanagh [Resenha #216]

Uma Vez na Vida


Sinopse: Uma história de amor, encontros e.... desencontros!

Conheça Tess. Obcecada por roupas vintage, ela está sempre enrolada no emprego que detesta e em dúvida sobre seu namorado bonitão Dominic, que conheceu na universidade. Morando em um adorável apartamento com sua melhor amiga, Kirsty, ela poderia se considerar uma pessoa de sorte. Mas se sua vida é tão perfeita, por que ela se desfaz em lágrimas toda vez que pensa no futuro?

Conheça George. Um músico brilhante que divide seu tempo entre brigar com os companheiros de sua banda de jazz e se preocupar com o pai doente. Mas ele sabe que a vida não é só isso. Deve haver mais alguma coisa. Algo especial.

Tess e George são duas partes de um todo, almas gêmeas. Para a sorte deles, seus amigos em comum sabem que eles são feitos um para o outro. O problema é que eles não se conhecem e, sempre que a oportunidade aparece, a vida chacoalha os dois para longe.
E agora? Se todos têm uma alma gêmea, como o destino faz para uni-los?

Acompanhe a história divertida e apaixonante de Tess e George durante uma década de encontros malsucedidos, frustrações românticas e uma dúzia de recomeços. Uma vez na vida é uma comédia romântica moderna e inteligente sobre amizade, destino e oportunidades perdidas e reconquistadas!


Não é que eu não goste de romance, a questão é que eu prefiro ação.

Começando esta resenha assim fica até parecendo que eu não gostei do livro ou coisa parecida, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Passei um bom tempo com o livro, estava atarefado com algumas coisas no trabalho que acabaram por corroer meu tempo então a leitura demorou mais do que eu esperava, o que, olhem só, terminou por ser algo bom, pois tive mais tempo de pensar sobre ela.

Uma Vez na Vida” é um livro de romance bonitinho, daquele tipo que mescla um amor um tanto inocente com personagens mais maduros – ou pelo menos não adolescentes – e que pode te levar a pensar que suas atitudes não condizem muito com a faixa etária, mas estamos falando de amor, e as coisas neste ramo da vida tendem a não ser nem um pouco lógicas.

Tess é uma personagem construída para que o leitor goste dela. Ela é um tanto indecisa, tem um emprego que não gosta mas que serve para pagar as contas, uma amiga descontraída e vive em um lugar dos sonhos de quatro entre cinco adolescentes que são o público alvo do livro. E, sim, eu simpatizei com ela, apesar de que em alguns momentos as decisões que ela tomava não pareciam muito acertadas, mas é a vida.

George é o músico bacana, em busca do sucesso enquanto mantém trabalhos que pagam o mercado no fim do mês, e que inevitavelmente conquista a simpatia do leitor.

A questão aqui é que os amigos que possuem em comum tem certeza de que foram feitos um para o outro, mas algo sempre acontece para que os dois não se encontrem, e, mesmo que isso aconteça, cada um tem sua vida, e será preciso pesar com cuidado o que pode ou não ser alterado.

Uma coisa que aproxima muito os personagens do leitor é que eles emanam um tipo de frustração: Tess por não saber se deve ficar com seu namorado perfeito mas que diverge do que ela quer para sua vida, já que enquanto ela é sonhadora e romântica, ele pensa em estabilidade financeira e afins – o cara é um contador, então não mexam com minha classe! –, e George não é a representação da pessoa mais feliz com o atual sucesso de sua banda. Quem por aí não está insatisfeito com algum aspecto de sua vida, algo que não saiu como planejado e que agora é preciso correr atrás? Identificação é uma palavra-chave em todo livro.

Tive um pouco de dificuldade em me acostumar com a construção dos parágrafos, às vezes me sentia tipo “ela já mudou de assunto?, não, espera, ainda está falando da mesma coisa”, e isso acontece em grande parte por o livro compreender um período longo de história, cerca de dez anos, então os primeiros fatos a que temos acesso são mesmo um tanto fragmentados, o que dá uma quebrada no ritmo de leitura. Mas as coisas fluem melhor na segunda metade do livro.

Eu gostei do livro, mas acho que ele deixa uma sensação de que poderia ser diferente. O encontro entre os dois demora a acontecer, e é um tanto penoso acompanhar a vida que levam ao mesmo tempo em que imaginamos a vida que poderiam levar se já tivessem se conhecido. Porém, recomendo a leitura, em especial para quem gosta de romances leves. E, por se tratar de um livro de estreia, a autora fez sim um bom trabalho.

 

Uma Vez na Vida, de Marianne Kavanagh (For Once in My Life, 2013 Tradução de Elisa Nazarian, 2014) – 288 páginas, ISBN 9788567028194, Editora Única.

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{C+}

5 comentários:

  1. Concordo com tudo que você disse. Pra mim também foi penoso.

    Não curti muito a leitura, faltou muito pra eu gostar.

    Adorei a resenha sincera!!!

    Bjks

    Lelê - http://topensandoemler.blogspot.com.br/

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    1. Então, a gente fica com uma sensação de que o livro está quase lá, mas falta algo, o que não faz com que o livro seja ruim, mas poderia ser melhor ;)

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  2. O livro me da a impressão de já ter lido sinopse parecida em algum lugar, mas não lembro onde. Não sei o quanto isso é bom ou ruim, mas a sensação é estranha. Eu não tenho muito saco pra romance, ou tem que ser drama do tipo "vamos todos morrer mesmo" ou eu nem tento. Nessas perco boas leituras, mas acho que prefiro me manter com minha fila mesmo.

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    1. Então, também acho isso perigoso, mas o livro me deixou um pouco confuso, eu gostei, mas tenho a impressão de que faltou alguma coisa ;)

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  3. Vale a pena ler, acima de tudo é importante que cada leitor tire suas conclusões ;)

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