4 de agosto de 2015

Intelligence – Primeira Temporada

Intelligence

Já disse que sou fã de Lost? Já, inúmeras vezes, eu sei! Após ter terminado de assistir todas as seis temporadas da série, não havia muita coisa a fazer além de stalkear os atores que trabalharam nela e conferir o que estavam fazendo, como o eterno Hurley, que participou da única e fraca temporada de Alcatraz – fazer o quê, o J. J. Abrams tem a mania terrível de não conseguir manter uma constante na qualidade de seus programas, deixando pra  apostar tudo nos últimos episódios, o problema é que nem todo mundo tem a paciência de esperar até lá – e outros se tornaram personagens recorrentes em algumas produções. Mas eu me animei mesmo quando Sawyer, o cara do sorriso maroto do Josh Holloway, foi escalado para protagonizar um novo projeto, Intelligence.

Intelligence foi baseada no livro Fênix: A Ilha, de John Dixon – e que tem resenha no blog – e trazia Gabriel Vaughn (Holloway), um agente da inteligência americana que, graças à uma mutação genética bastante rara em um gene bastante específico, se tornava apto a receber em seu cérebro o implante de um microchip extremamente poderoso, que, basicamente, lhe daria acesso à toda e qualquer informação hospedada na rede, além de controle a quase qualquer coisa que envolvesse computadores e uma onda verificável, como wi-fi, rádio e etc.

Intelligence

O foco da série em criar um super agente destoava bastante do tradicional fator força: quando se pensa em um soldado perfeito, a primeira coisa a que geralmente associam são à figuras como Chuck Norris em Braddock; Dolph Lundgreen em Força Vermelha; Jean Claude Van Damme em Soldado Universal; e, claro, Silvester Stallone em Rambo, ou seja, personagens que tinham como principal atributo sua força física. Gabriel não. Ele dispõe de toneladas de informação, incluindo acesso à mapas, plantas baixas, satélites, sensores térmicos e diversos outros itens que lhes dão uma vantagem enorme em campo, além de ter acesso ao que os cientistas chamam de “reação adversa” ao chip, pois não esperavam que acontecesse: Gabriel tem acesso a uma espécie de realidade paralela – na verdade mais para uma renderização – onde consegue interagir, por exemplo, com imagens de câmeras de segurança ou fotos, conseguindo uma ideia mais correta do que aconteceu.

Com todo esse acesso à informação, Gabriel é talvez o mais poderoso e importante armamento americano, e justamente por isso visto com desconfiança por alguns setores dentro do próprio governo, que questionam a segurança do chip, se ele não poderia ser programado e usado contra o próprio país.

Intelligence

Os produtores se preocuparam em criar um ponto de tensão na história pregressa de Gabriel, a morte de sua esposa, também agente do governo, mas agora sob suspeita de traição. Ele não acredita que ela tenha traído seu país, e mais, há uma certa dúvida se ela teria mesmo sido morta em missão, e Gabriel usa de suas capacidades para tentar encontrar algum rastro dela.

No geral, gostei dos episódios. Sempre me incomodo com os chamados fillers, aqueles episódios que não acrescentam em nada à narrativa central – aqui, no caso, à busca de Gabriel por sua esposa – e servem tão somente pra encher linguiça. Há um bocado disso na série, até porque a situação com a esposa de Gabriel é resolvida rapidamente, o que também me causou certo desconforto; mas, na média, acho que a experiência foi positiva.

Intelligence

Os personagens são carismáticos – já disse que o Josh Holloway é um cara legal? – e a atriz Meghan Ory faz um bom trabalho como a agente encarregada de ser a parceira de Gabe, fazer com que ele volte inteiro após cada missão, e que não se deixe levar por atitudes impulsivas; mas acho que em algumas cenas havia um humor fora de lugar, fora do tempo, que dava uma bela de uma quebrada no ritmo da narrativa.

Apesar de bem produzida e de trazer à tona uma questão interessante – o quanto de humano há em um humano com um chip implantado que lhe aumenta as capacidades? Ele é mais humano ou menos humano que uma pessoa comum? – e de dois episódios finais que prometiam grandes reviravoltas para a trama, a série foi cancelada com apenas uma temporada de treze episódios.

 

Intelligence (Intelligence – CBS, Season 1: 2014) Criada por Michael Seitzman. Com Josh Holloway, Megan Ory, Marg Helgenberger, John Billingsley e P.J. Byrne. Créditos completos aqui.

{B+}

Um comentário:

  1. Luciano o que me levou a assistir intelligence foi 'Sawyer' claro <3.
    Achei a proposta ótima e fui cheia de expectativas, mas não passei do primeiro episódio, não me convenceu, detestei as cenas de luta, achei fraco demais.

    Beijos
    Leituras da Paty






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Oscar