22 de fevereiro de 2016

Como Se Apaixonar, de Cecelia Ahern [Resenha #243]

Como se apaixonar


Sinopse: Depois de não conseguir evitar que um homem acabasse com a própria vida, Christine passa a refletir sobre o quanto é importante ser feliz. Por isso, ela desiste de seu casamento sem amor e aplica as técnicas aprendidas em livros de autoajuda para viver melhor.

Adam não está em um momento muito bom, e a única saída que ele encontra para a solução de seus problemas é acabar com sua vida. Mas, para a sorte de Adam, Christine aparece para transformar sua existência, ou pelo menos tentar ajudá-lo.

Ela tem duas semanas para fazer com que Adam reveja seus conceitos de felicidade. Será que ele vai voltar a se apaixonar pela própria vida?


Este é meu sexto livro da Cecelia Ahern.

Quando você lê seis livros de uma pessoa, você começa a visualizar ali uma fórmula, itens em comum, resquícios que mostrem que, apesar de aquela ser uma estória completamente nova, ela compartilha de um dna comum do qual – e se você leu tantos livros de um mesmo autor vou considerar a afirmação positiva – você gosta, e, até mesmo, busca por ele.

Gosto muito da escrita da autora – e aqui faz bem lembrar que tivemos um início um pouco complicado – ela é presença constantes em minhas listas de melhores, e não foi diferente com “Como Se Apaixonar”.

Tudo bem que tá ali o fantástico na vida da personagem, o time de personagens secundários que, se você não morre de amores por eles ao menos sente uma ternura por sua franca e inegável esquisitice, e os enredos sempre cativantes e muito bem contados.

E é justamente isso que espero de um livro da autora.

Christine é uma leitora voraz de livros de auto-ajuda. Ela tem uma coleção que vai desde títulos para o empoderamente feminino até guias de como demitir sua funcionária sem magoá-la. Ou seja, toda a sua vida é regrada pelo o que ela lê nesses livros, e ela se sente perdida quando não tem um determinado título à mão para fazer uma consulta.

Presa em um casamento onde não se sente feliz, com os negócios não indo muito bem, ela decide procurar um lugar que seja “seu”, onde ela possa se encontrar consigo mesma, mas tudo o que ela encontra nesta busca é um homem disposto a cometer suicídio, com o qual ela conversa, mas que não consegue evitar com que ele vá em frente.

Traumatizada, pensando que poderia ter feito algo mais, que poderia ter impedido que o fato acontecesse se ela soubesse as palavras corretas para dizer ao homem, ela busca ajuda, que, em seu mundo, significa comprar um livro que dê dicas sobre como falar com pessoas prestes a se suicidar.

Falando assim parece que Christine é um autômato, e isso não seria justo. Tudo bem que os livros ditam a vida dela, o que falar, como se comportar, mas ela realmente se importa, é empática, e mesmo quando decide que é hora de se separar – o que pode, para alguns, ser sinal de egoísmo – o faz baseada no pensamento de que não é justo com ela e com seu marido que dividam uma vida infrutífera e que acabará frustrando-os.

Mas o livro segue quando, durante uma caminhada noturna, Christine dá de cara com um homem ameaçando pular de uma ponte. Ao vê-lo ali, sobre o parapeito, ela simplesmente sabe que não pode permitir, pela segunda vez em um curto espaço de tempo – e, raios, mesmo se se tivessem passados mil anos! – que ele vá em frente, então decide conversar com ele.

Ela descobre que Adam – o homem na ponte – não consegue lidar com a doença terminal do pai e com fato de que estará amarrado a um negócio familiar que não suporta e, o pior, a mulher que ele iria pedir em casamento está tendo um caso com seu melhor amigo.

Após conversarem, ele diz que desiste de pular se Christine prometer que o fará mudar de ideia sobre o suicídio, e mais, fará com que sua namorada volte para ele antes que chegue seu aniversário. Ela promete, mais preocupada em tirá-lo da situação em que está do que em resolver o problema em sua raiz, mas logo depois percebe que não tem escolha.

Aqui o livro se torna um autêntico Cecelia Ahern: qual a probabilidade de uma pessoa testemunhar a duas tenttivas de suícidios em seguida?; mais, quais as chances de esta mulher decidir ajudar esta pessoa a desistir desta ideia?; e, por fim, pode existir alguém mais despreparado que uma pessoa que tem sua vida regrada por livros de auto-ajuda mas que, memso assim, vive um caos?

Gostei muito do livro. Cecelia é uma autora que se ocupa em contar uma boa história, em prender o leitor, e a gente termina o livro encantado por ela ter, mais uma vez, conseguido nos arrebatar desta forma. Adorei os desdobramentos – inclusive os que me fizeram sofrer – os detalhes de cada capítulo ser nomeado como se fosse um livro de auto-ajuda. Com certeza este já é um dos candidatos a melhor leitura do ano.

Recomendo fortemente.


Mais da autora:

P.S. Eu Te Amo – resenhado pela Jaci Pandora
A Vez da Minha Vida
O Livro do Amanhã
O Presente
Simplesmente Acontece
A Lista


Como se apaixonar - Dados

Como Se Apaixonar, de Cecelia Ahern (How To Fall In Love, 2013 Tradução de Bárbara Menezes de Azevedo Belamoglie,2015) – 352 páginas, ISBN 9788581637860, Editora Novo Conceito.

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{A+}

2 comentários:

  1. Esse foi o melhor dos 3 livros da Cecelia que li e acho que ela é o tipo de autora que fica melhor a cada titulo, ela cada vez mais se apossa dessa formula de misturar o improvável ao cotidiano e mexer com a gente! Eu ri muito com esse livro e também me emocionei. Amo o Adan, não tem como não amar esse homem fragilizada e lindo! E me identifiquei com a Christine, estou vivendo um momento muito parecido com o dela. Eu acho engraçado como muitas vezes vê os dois juntos parece o dialogo do roto com o esfarrapado e me impressionou muito o altruísmo da Christine, ela está mau, mas não o suficiente para deixar de tentar ajudar um desconhecido eu amei esse livro mesmoooooooo! 5/5 o melhor do lançamento de 2015 que li!

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  2. Ai que lindoooooooooooo!!!!!! ♥♥♥
    Por que raios eu não li ainda????

    Adorei demais!!! Nem tinha reparado nesse detalhe no início dos capítulos. Vou pegar o livro pra ver agora.

    Bjksssss

    Lelê

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