Sinopse: Com incrível habilidade, Steven Saylor entremeia séculos da história romana com a saga de duas famílias: os Potício e os Pinário, que estarão presentes desde a fundação da cidade; ao lado de Cipião durante as guerras púnicas; dos lendários reformistas Tibério e Caio Graco durante as turbulências do século II; e de Júlio e Augusto César, quando a República dá lugar ao Império. Fato e ficção se fundem, delineando imagens reais e marcantes de uma cidade eterna.
Embalado por uma onda de boas leituras de romances históricos, resolvi partir para uma que prometia em muitos aspectos. Roma, do autor Steven Saylor, é muito bem comentado e tem até mesmo uma continuação, Império, – que ainda não sei se é direta ou espitritual – e tem o grande atrativo de falar sobre um tema que é universalmente conhecido e já foi retratado em inúmeras outras obras, extrapolando até mesmo o universo dos livros.
“Roma” conta a história de uma das maiores e mais influentes cidades de que se tem notícia, e o autor opta por narrar sua criação desde o início, com uma família de mercadores de sal que utilizavam o lugar como uma de suas paradas habituais em suas rotas de comércio e que tempos depois, pela comodidade do lugar, se estabeleceram por ali.
É interessante esta opção, contar o nascimento de um lugar, vê-lo florescer e acompanhar as maneiras pelas quais são enfrentadas todas as dificuldades pelo caminho, e o autor se propõe a narra-lo acompanhando de perto duas famílias que se mostram muito importantes para o desenvolvimento da cidade, os Potício e os Pinário.
Fui levado a gostar bem mais dos Potício, eles são mais justos que seus parentes, os Pinário, têm um senso de dever e honra bastante apurados e acho normal que seja feita esta escolha, apesar de que, pelo caminho, Pinários decentes aparecem para provar que nem tudo está perdido naquela família.
Como é de praxe no gênero, há pitadas de sobrenatural na narrativa e não pude deixar de pensar que foram um completo desserviço ao texto todo. PRA QUÊ COLOCAR AQUILO ALI? Reconheço as origens mitológicas da cidade, com Romulo e Reno amamentados por uma loba – que o autor interpreta de uma forma um tanto inusitada! – mas quando as pessoas passam a ver imagens nas chamas e Hércules em pessoa aparece tocando um armento de bois, você começa a desconfiar que o autor é viajadão.
E, ainda, alguns personagens lendários da cidade me pareceram completos idiotas, a começar pelos gêmeos.
Mas o que mais me incomodou no livro foi o fato de ele focarem nas famílias Potício e Pinário ao invés de nos personagens. Em “Kingmaker”, eu felicitei o autor, Toby Clements, por apostar em personagens “comuns” para contar sua história e assim aproximar o leitor e gerar grande empatia por eles, do que se tivessem, por exemplo, apostado na figura de um rei.
Já o que Saylor conseguiu foi me confundir e, como não, frustrar. Quando estava interessado pela história de um alguém, ele vinha e passava alguns anos na narrativa – por vezes gerações inteiras são passadas de um capítulo para o outro. Senti falta de um gancho, de um personagem fixo tremendamente carismático que me acompanhasse por todas as mais de 650 páginas do livro e por quem eu pudesse torcer pelo sucesso.
Isso pesou, e muito, para que terminasse o livro sentindo que algo ali faltou para que ele tivesse me proporcionado uma grande leitura. Confesso que não tenho muita vontade de ler “Império” não. E, se querem um conselho e buscam um bom romance histórico para ler, apostem em “Exodus”, do Leon Uris, ou em “Kingmaker”. É aposta certa.
Roma, de Steven Saylor (Roma – Tradução de Luis Carlos do Nascimento Silva, 2010) – 576 páginas, ISBN 9788501077455, Editora Record.
{C-}
Essa coisa de história assim nunca me atraiu. Aí vem você e dá uma notinha baixa, pffff, já era.
ResponderExcluirAmei a resenha cheia de sinceridade.
Bjkssss
Lelê
Desanimei! Foi triste! Eu gosto da história de Roma: a cidade que virou Império. Gosto da republica, da luta dos plebeus, da expansão por 3 continentes, dos soldados capazes de destruir uma cidade em uma noite e reergue-la, com um pouco mais de tempo afinal destruir é sempre mais fácil que destruir, mas reergue-la! Gosto de como foi um Império religiosamente diverso e de repente abraçou o monoteísmo e tudo o mais... Roma talvez seja uma cidade eterna, eternizada em tantas outras do Ocidente que parecem com ela. O titulo do livro é um convite, infelizmente o conteúdo frustrou... e sinceramente ele saiu da minha lista hahah me chame de Maria vai com as outras, mas o tempo me ensinou a respeitar a sua opinião hahaha
ResponderExcluir*mais fácil que reconstruir
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir1000 anos de Roma e você queria um personagem fixo? Ah, por favor, né? Queria que o autor convocasse algum ser imortal pra acompanhar a história do inicio ao fim? wefuwjief
ResponderExcluirO problema é que, de começo, o autor não tem pai pra bancar mil anos de história. E, depois, tem um ser que os acompanha do inicio ao fim. Será que você leu o livro, querido troll?
Excluir*não tem pau.
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