Pioneer One

Pioneer One é um projeto ambicioso. Em parte por tentar mudar o modus operandi de um mercado milionário e tão cheios de etapas e procedimentos que faz parecer simples todo o protocolo do casamento real; e, também, por não possuir para isso quantias enormes. Ou seja, o termo ambicioso faz mais jus à iniciativa que pelo capital investido nela.

Criada por Josh Bernhard, que divide a escrita e direção com Bracey Smith, é a primeira web serie a ser financiada pelos internautas – e pelo site VODO –e distribuída via torrent, gratuitamente. Nada será pago pelo internauta – acho que o termo telespectador perde um pouco de sentido aqui, prefiro usar internauta – sendo que o projeto aceita doações de fãs em seu site, além de contar com uma loja de souvenires. Para se ter uma ideia, o orçamento é irrisório se comparado com grandes projetos como Falling Skies, de Steven Spielberg, ou Game of Thrones, baseado na série de livros de George RR Martin, tendo o episódio piloto custado apenas $6 mil dólares. Uma ninharia.

Claro que um orçamento tão baixo trás suas consequências: nenhum rosto conhecido é visto na série, não que seja um problema, mas ajudaria a atrair público para a mesma; ela é quase que totalmente rodada em ambientes fechados; e, muitas e muitas vezes, foge de mostrar ao internauta o que se passa, enquadrando apenas os atores, deixando que o resto tenha de ser composto pela imaginação de quem assiste baseado no contexto da cena.

Confesso que este recurso até é bem vindo em alguns momentos, para aumentar o suspense e gerar um clímax, mas cansa rápido, e você fica lá, pedindo por mais, e sabendo que não irá receber. Falando um pouco sobre a história contada, de acordo com a sinopse oficial, “Numa contemporânea América do Norte, um objeto retorna à Terra. Uma agência governamental recupera o que parece ser uma capsula espacial da era soviética e que desapareceu décadas atrás. Dentro dela, eles encontram o impossível – algo que vai ter ramificações para todo o mundo”

Claro que a primeira pergunta que se faz é: o que tem lá dentro? E aí está todo o trunfo da série. O que tem lá pode mudar tudo o que conhecemos como realidade – ainda mais quando se envolve a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Já assisti a 3 episódios, dos 4 liberados, e é minha série preferida atualmente – a temporada de Game of Thrones já terminou, The Walking Dead ainda não começou, assim como Downton Abbey, e estou esperando Falling Skies deslanchar para formar uma opinião sobre ela – então torço sinceramente para que os produtores sejam bem sucedidos em sua empreitada. Seria muito, muito triste ficar órfão prematuramente de outra série de ficção científica, já basta terem cancelado Firefly na primeira temporada.

Para quem quiser acompanhar, pode assistir aos episódios através dos canais oficiais da série no YouTube e no Vimeo . Mais informações no site oficial. Suporte também pode ser dado através do Facebook e Twitter.

Para ver legendado, vários sites já disponibilizam os links para download, como este aqui.

Até o momento que escrevi este post, a produção da série havia recebido $29,540 de um total esperado de $60 mil para concluir a atual temporada. Segundo os criadores, a série deve durar quatro, com sete episódios cada uma.

 

Com | Séries Maníacos

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