2 de janeiro de 2012

11 músicas de 2011

músicas

Já imaginava que daria trabalho escolher minhas 11 músicas preferidas em 2011, mas não pensei que seria tanto. A Last.fm me lembrou de tudo que andei ouvindo, mas acabei percebendo que, nem sempre, aquilo que mais ouço é o que mais gosto. Contraditório, eu sei, mas acontece, é que, algumas vezes, dá uma preguiça enorme de apertar o botão de pular uma música. Enfim, no final a lista acabou permitindo somente uma música por cantor/grupo, para ser mais justo e englobar toda a farofa que ouço. Claro que muita coisa que gosto ficou de fora, por isso resolvi acrescentar as “menções honrosas”, a título de curiosidade.

1. Breaking Down – Florence + The Machine: Achava difícil que a “bruxa do bem”, como a chamou a Rolling Stone, conseguisse lançar um álbum que superasse o de estreia, “Lungs”, de 2009, mas foi bem isso que fizeram. “Breaking Down” tem uma atmosfera envolvente, e quando a ouço, parece que algo grandioso e dark-vintage (!) está prestes acontecer.

2. Hair – Lady Gaga: Gaga já me encantou, me decepcionou e, agora, conseguiu chamar de novo minha atenção. Certamente, “Hair” é a melhor de “Born This Way”, em grande parte por seu significado. Todos passamos por momentos difíceis em nossas vidas, então, ouvir alguém jurar que será livre como seu cabelo é, além de um pouco estranho, inspirador.

3. Will You Still Love Me Tomorrow? (2011) – Amy Winehouse: Apesar de ser uma regravação, caiu muito bem para Amy. Sinto que é como se a cantora perguntasse a seus fãs se ainda a amariam, depois de todas que a moça aprontou. Bem, se se pode falar em vendas, as de “Lioness: Hidden Treasures”, mostram que todos ainda a amamos.

4. Call Your Girlfriend – Robyn: A sueca Robyn é linda de doer mesmo sem ser perfeita,  uma deusa em seu país, e bastante reconhecida fora dele. Nada que ela não mereça. Pra se ter ideia, Katy Perry disse certa vez que gostaria de retirar a pele de Robyn só para poder vesti-la. Não é um elogio muito elaborado, mas mostra como todos gostamos dela. Escolher uma música foi difícil, resolvi ficar com “Call Your Girlfriend”, pois foi ela que me apresentou a cantora.

5. Smooth Criminal – Michael Jackson: Se “Remember The Time” é minha preferida do Rei do Pop para ouvir, certamente “Smooth Criminal” é para ver. Trás uma coreografia perfeita, com destaque para o passinho antigravidade. Coisa de mestre. Em “Immortal” os sons e efeitos acrescentados a gravação caíram bem: armas sendo engatilhadas colaboram muito para aumentar a tensão que a letra da música causa. Pena que esta versão seja tão curta, não que eu seja sádico, mas ouví-lo preocupado com a pobre Annie é sempre bom.

6. Someone Like You – Adele: Demorei a me render a Adele, mas quando o fiz foi algo intenso. A moça conseguiu me fisgar com sua apresentação no VMA deste ano, onde, acompanhada somente pelo piano, conseguiu prender a atenção do público, enquanto outros artistas tem de recorrer a coreografias sem propósito e pirotecnia das mais diversas.

7. Nobody’s Perfect – Jessie J: Eu amo Jessie J, sua voz potente e seu jeitão Morticia Adams. Estamos em uma época onde, me parece, cantores que efetivamente cantam estão sendo finalmente reconhecidos como artistas de magnitude maior. Jessie é uma delas.

8. Coquet Coquette – of Montreal: Adoro a banda, e “Coquet” até inaugurou a “Música de Sexta” por aqui – que por sinal está parada, e tenho que fazer alguma coisa sobre este ano – com um dos clipes mais bonitos que já vi. Vale a pena se dedicar para ouvir a banda, principalmente em apresentações ao vivo.

9. Velha e Louca – Mallu Magalhães: É bem ame ou odeie. Sempre amei, e ainda mais depois do novo álbum, “Pitanga”, que mostra uma Malu mais madura musicalmente. Pra falar a verdade, fiquei em duvida se elencava aqui a “Velha e Louca”, ou o “Olha Só, Moreno”.

10. Não Existe Amor em SP – Criolo: Acho que essa todo mundo conhece. É a obra maior do álbum “Nó na Orelha”, do rapper Criolo, mas é um rap que dá pra ouvir, misturado com samba, soul e tal. É uma crônica da cidade, seus moradores e locações. Tá certo que é uma visão bem desiludida, mas para muitos deve ser um retrato fiel. Pra deixar tudo ainda melhor, o álbum pode ser baixado de graça no site do cantor.

11. Feito pra Acabar – Marcelo Jeneci: Tenho certeza de que por aí colocarão Jeneci entre os dez, mas com outra música, a mais famosa “Felicidade”, que até foi tema de novela. Pessoalmente prefiro a “Feito pra Acabar”, é mais épica, e trás uma verdade para muitos assustadora: a de que a gente foi feito pra acabar.

Menções honrosas:

Bound To You – Christina Aguilera; Famine Affair – of Montreal; Felicidade – Marcelo Jeneci; Isabella – Dia Frampton; Olha Só, Moreno – Mallu Magalhães; Oogoe Diamond – AKB48; Our Day Will Come – Amy Winehouse; Mexico – Cake; Peacock – Katy Perry; Price Tag – Jessie J; Remember the Time/Bad – Michael Jackson; Set Fire Into the Rain – Adele;  Sex Karma – of Montreal; Shake It Out – Florence + The Machine; Spectrum – Florence + The Machine; The Edge of Glory – Lady Gaga; Time Machine – Robyn.

13 comentários:

  1. Bem, nossos gostos são bem diversos, então nem dá pra comentar dignamente tua lista. Em algumas preferências musicais, você converge ou se iguala às de um amigo meu, dá uma olhada nas listas dele, caso te interesse:

    http://oramasvejaso.wordpress.com

    Mas me responde uma coisa: Robyn tem algo de eletrônico? E o meu rol musical dos melhores de 2011 (que ainda não sei ao certo como será, de álbuns, artistas ou músicas, ou uma tentativa de combinação dos três, a fim de evitar injustiças com meus queridinhos) tá pra sair ainda esta semana. E a propósito, de fato nem sempre uma faixa que ouvimos muito é uma das nossas mais preferidas, assim como demoramos para descobrir o quanto certas músicas, geralmente aquela faixa meio discreta daquele álbum que a gente ama, são espetaculares, e aí já não haverá tantas execuções dela no last.fm quanto as de outras, até em virtude das nossas flutuações musicais. Abração!

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  2. Grande Jorge, estou passando lá para dar uma olhada no blog que me indicou. Quanto à Robyn, tem sim, a banda, inclusive, é composta por dois bateristas (apesar de não saber se uma delas é convencional e a outra eletrônica, vou perguntar ao Google) o que dá um efeito excelente na sonoridade, e, ainda mais, nas apresentações ao vivo. O Google não me respondeu, mas, enfim, o resultado é excelente.

    Grande abraço, e fico aqui esperando teus melhores do ano passado ;)

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  3. Meu amigo já leu teu comentário no blog dele, e gostou de tuas considerações. E eu, senso crítico apuradíssimo?! Quanta honra, hoje é mais outro que você está superlativo, hehe. Quanto a The B-52's, nós adoramos, inclusive uma das bandas seminais de new wave. Abração!

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  4. Ráha! E você está especialmente humilde, rsrs. Não consegui ouvir B-52's, mas posso ter dado azar e começado pelo álbum errado. Acontece. Abraços.

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  5. Jessie J me lembrou Pink. No, no, no... pela voz, mas também pela presença de palco. Posso ver semelhança e quem sabe inspirações. Só de início dois vídeos em que usam ursinhos (brinquedos) e crianças, remetendo a infância. http://youtu.be/qMxX-QOV9tI e http://youtu.be/vS_cYnIg2do.
    Vale dizer que ainda não conheço o trabalho de Jessie J e que vou escutar!!
    Beijus,

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  6. Ah, mas a Pink é muito escrachada... :D

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  7. Luma, adoro a Jessie J, ela tem uma voz incrível e uma presença de palco idem. Nunca ouvi muito a Pink, talvez por isso não tenha feito este link, mas vou conferir. Bom, a Jessie já compôs pra um punhado de gente, então quem sabe até tenha rolado uma pra Pink, mas é só uma suposição. Beijos.

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  8. Someone Like You realmente arrasa. Adoro a Jessie J., acho seu primeiro CD muito bom, mas estou sentido que ela já está virando modelete da mídia e das gravadoras, interpretando um papel que não lhe pertence. Por que os cantores hoje em dia não podem, somente, ter talento? Cansei desse povo que não se impõe e vira uma caricatura =(

    Beijos

    Lu Tazinazzo
    http://aceitaumleite.blogspot.com

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  9. Pois é, Lu, hoje em dia ser cantor não basta, tem que ser artista. Infelizmente ainda tem de fazer um trato com o ladoe scuro para conseguirem se promover e sobressair num cenário tão cheio de novos ícones. É uma pensa, mas é algo que vem acontecendo com mais frequência.

    Beijos.

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  10. Finalmente tenho tempo para comentar, então vamos lá.
    Realmente escolher as músicas do ano é muito complicado, como bem falou. A minha lista de músicas ficou enorme (planejei 67 e ao todo deu 79) e ainda tenho medo de ter esquecido algo. Quanto aos artistas da lista:
    Conheço e gosto um tanto (na medida em que escutei) de Florence + The Machine. Já tinha pensado em baixar tudo dela, creio que ainda neste primeiro trimestre eu já tenha o feito. Jessie J é outra nesta situação. Já do pouco que ouvi de Michael Jackson, Christina Aguilera, Mallu Magalhães e Marcelo Jeneci não me agradou muito, o que não significa que não venha, em algum dia, a de fato escutar e gostar.
    Amy Winehouse, Lady Gaga e Adele (em ordem de descoberta e de “paixão”, entre aspas já que comparar a paixão de artistas diferentes é quase impossível, acho que me entendeu) estão relativamente bem consolidadas no meu gosto musical, não tenho mais o que comentar fora isto.
    E a dica de Of Montreal ainda está viva; só me falta “tempo” (logo em fevereiro as aulas voltam, então vou hibernar de lá até o fim de março, quando acaba o semestre (?) e começa a “2ª temporada” de descobertas musicais do ano).
    Por agora, só isso. Abraços!

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    Respostas
    1. Rodrigo, baixei tudo dela (Florece, que vem ao Brasil este mês! Bom pra quem vai) e confesso que me surpreendi: muitas coisas do cd B-Sides é bem melhor que o oficial, o que é muito bom. No mais meu gosto é bem diverso e abrangente - farofa mesmo - mas o bom é que com isso tenho músicas preferidas em cada circunstância do meu humor. Já o of Montral, se puder ouça. Lançaram um álbum novo faz pouco tempo, Dour Percentage, a terceira faixa, já é favoritíssima a melhor de 2012.

      Grande abraço ;)

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  11. Ah, e aqui é o Rodrigo do Ora mas veja só, caso não tenha reconhecido rs.

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Oscar