Relembrando: Agosto

Já não aguento mais repetir que o ano está voando. Me parece que este é um comentário tão banal quanto o “Será que vai chover?”, mas é a mais pura verdade: o ano está voando, e agosto já se foi. Você programa algo com bastante antecedência, mas, quando dá por si, já está acima da data. Antes que Setembro termine, vamos relembrar Agosto.

Resenhas e leituras

Em Agosto retornei aos mangás. Li o primeiro volume de Homunculus, de Hideo Yamamoto, que estava esperando aqui há alguns meses, Gostei muito. Tem um estilo maduro e fala de um tema intrigante: trepanação. Tenho o volume dois aqui, mas só quero lê-lo quando conseguir comprar o número três. Também tirei da estante Golgo 13, que estava aqui há muito tempo. Criado por Takao Saito, pai dos gekigás, estilo de mangá mais adulto, trás roteiros impressionantemente complexos e bem desenvolvidos. A melhor, com certeza foi a “Zdrowas Maryjo”. Não gostei tanto de a editora, a JBC, ter escolhido estórias aleatórias para este primeiro volume ao invés de optarem por seguir uma ordem cronológica. Não sei ao certo como funcionam os licenciamentos, mas as editoras me tiram do sério quando optam por lançar títulos fora da ordem cronológica.

E o mês começou muito bem representado pela excelente resenha de “O Clã dos Magos” feita pela Jaci, do Uma Pandora e Sua Caixa. Foi a resenha mais lida do mês, e merece destaque por ter a Jaci traçado um paralelo entre a ficção fantástica retratada no livro e a realidade das comunidades tão conhecidas pelos brasileiros. É dez né.

E Serena, de Ian McEwan me arrebatou completamente. Um livro pra gente grande, que narra o desenrolar de uma vida sem a necessidade de um ser ou feito sobrenatural a ser realizado para prender a atenção do leitor. Poucos conseguem escrever e prender o leitor desta forma. Me fez recordar grandes momentos passados com W. Somerset Maugham em O Fio da Navalha. Dias depois tive a mesma sensação agradável ao terminar com O Começo do Adeus, de Anne Tyler. Resenha em breve.

Também me reencontrei com contos. Há muito tempo não lia então foi muito bom retornar ao gênero com um livro nacional, o Apolo e Dionísio, de José T. Pers. Com uma estrutura admirável e desfechos muito bem trabalhados, foi um livro que me surpreendeu.

Bem Mais Perto, da Susane Colasanti serviu para me desestressar. É um livro bonitinho, bem escrito, cor-de-rosa. Vale a pena ler se você quer uma leitura agradável, sem grandes preocupações que não os amores adolescentes.

A Culpa é das Estrelas, de John Green, fica ali, lado-a-lado com Serena, como a leitura do mês. Emocionante, sincero, e em alguns momentos brilhante, é um livro que te faz repensar seus atos e constante reclamações sobre sua vida – caso você seja reclamão como eu. É um livro que recomendo quase sem restrições a quem quer que me pergunte. Mas não me culpem pelas lágrimas durante a leitura.

Eventos e coletivas

Vi o “Meme 7 Pecados” no aceita um Leite? da Lu Tazinazzo. Nele devíamos responder perguntas relacionando os sete pecados capitais e nossos hábitos literários. Já o “Meme: Escrito” recebi da Luara, do blog Estate Vertical. A ideia é que se conheça a caligrafia do blogueiro, já que em Arial ou Times New Roman todo mundo parece igual. Lá você pode conferir meus garranchos

O Meme: Entrando na História recebi da Lu Tazinazzo, do aceita um Leite? É um dos memes mais originais e divertidos de se participar que já vi. Você entra na “pele” de seu personagem preferido e responde algumas perguntas sobre ele. Meu escolhido foi Elvis Cole.

Tem Lógica? é a brincadeira da vez até que o “Qual é o Livro?” volte. No #1 – A Invasão, aliens nada amigáveis invadem à Terra e aterrorizam cinco jovens leitores. Gostei muito do resultado e a participação recebida. Estou devendo a resposta, que sai nesta sexta. Talvez – mas só talvez – o #2 também saia.

Etc

E uma boa notícia: após 100 dias um pedacinho do Brasil finalmente chegou ao Paquistão através do Postcrossing. Conheci a iniciativa através do blog da Joelma Alves, o Clique Neurótico. É muito bom e barato participar – o que torna tudo duplamente bom – e a gratificação de ver algo que enviou para tão longe chegar bem é muito gratificante. Quero retomar o projeto, mas é difícil encontrar postais aqui no interior. Já recebi postais da Suíça e Holanda, assim que receber algo mais faço um post sobre. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.

É isso. Até sexta.

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