19 de dezembro de 2012

Top 10 Livros de 2012

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Listas sempre dão trabalho e são difíceis de fazer. Isto é fato. Algo sempre fica de fora e, por mais que se pense sobre, algum resquício de dúvida quanto a esta ou aquela posição permanecerá. Com este Top 10 Livros de 2012 não foi diferente.

Em um ano que li tanto e pude descobrir tantos novos autores – que deixaram sua marca em mim de uma forma que eu, sempre apegado aos clássicos, não imaginava que fosse possível – minhas preferências sofreram importantes alterações: não digo que “mudaram”, ainda tenho um problema com poesia, ou melhor, com “entender poesia”, mas passei a admirá-las e quase consigo absorvê-las por completo, mesmo se tratando de Fernando Pessoa. Acho que, na verdade, fiquei um tanto quanto mais receptivo.

Como listar, então, aqueles títulos que mais gostei sem cometer uma injustiça que, sim, eu sei, vai fazer com que me arrependa muito em breve? A resposta é simples, não há como o fazer, então o jeito foi pensar – e muito, este post começou a ser escrito em meados de novembro – ponderar e resistir ao impulso de ler as resenhas que havia escrito: a tarefa de escrever esta lista foi levada à cabo baseado nas impressões que os livros causaram em mim na época de leitura, e em como os vejo hoje.

Mas, se é uma forma, ao meu ver, mais justa, ela trás outro problema: fui levado a, diversas vezes, privilegiar um livro que li na semana passada em detrimento de um que li no começo do ano. Também reconheço que não consegui fugir disto em todas as ocasiões, mas, quando elas surgiram, as considerei com um cuidado redobrado.

Este é um post que dá trabalho mas que gosto de escrever. E é, ao lado do “Livros Para se Ler no Inverno”, o mais tradicional aqui do blog. Tenho um carinho especial por ele, talvez por ter um carinho ainda maior por cada obra que será citada aqui. Foi um bom ano, que passou rápido, e que, se não trouxe as mudanças que eu esperava, me mostrou o que tenho de fazer para atingí-las.

O eu que se despede em Dezembro é bem diferente do que disse oi à Janeiro.

Meus dez melhores livros lidos este ano foram os seguintes:

10. Serena, de Ian McEwan (Sweet Tooth, 2012Tradução de Caetano Waldrigues Galindo, 2012). 384 páginas. Editora Companhia das Letras.

SerenaSerena é alguém como eu ou você, tem uma vida que não é lá muito parecida com o que sonhava, mas é a que paga suas contas no fim do mês. Mas o livro não é só isso. Ian McEwan se apresentou a mim neste romance com uma força que poucas vezes senti. Uma personagem viável, semelhante ao leitor, mas ainda assim apaixonante, do tipo que você compraria todas as brigas e apoiaria em todos os projetos. Não é um livro para todo tipo de leitor, mas se encontra um que está preparado para o que existe em suas páginas acaba por arrebatá-lo. De sobra ficou uma vontade louca de ler algo mais de McEwan. Espero que seja em breve.

 

 

 

9. Estilhaça-me: Meu toque é letal, Meu toque é poder, de Tahereh Mafi (Shatter me, 2011Tradução de Robson Falchetti Peixoto). 304 páginas. Editora Novo Conceito.

Estilhaça-meUma distopia. Uma moça com um poder estranho que impede que as pessoas a toquem, fazendo-as se machucarem quando isto acontece. Abandonada até mesmo pelos pais, sem amigos, em um mundo pós apocalíptico catastrófico  o bastante pra ninguém botar defeito, Juliette conhece o amor ao mesmo tempo que tem de se livrar de seu antagonista. O que se sobressai em Estilhaça-me é a narrativa, recheada de trechos sobrescritos que mostram “fatos” que a personagem prefere, muitas vezes, esconder até de si mesmo. E Juliette, por si só, não fica atrás. Isolada, confusa, é uma personagem que me marcou muito. Ponto para a jovem Tahereh Mafi, que promete a sequência para o ano que vem.

 

 

8. Sobrevivente, de Chuck Palahniuk (Survivor, 1999 – Tradução de Tatiana Leão, 2012) 360 páginas, Editora LeYa.

SobreviventeMeu segundo Palahniuk veio mais refinado e consciente, mas sem a agressividade pontual de Clube da Luta. Continua brilhante, Tender Branson é um personagem tão loucamente carismático e problemático quanto Tyler Durden, e possui frases e pensamentos geniais que, no momento em que lê você sente que é tudo verdade, mas pensando bem é melhor não levá-los tão a sério. É mais um personagem antológico procurando seu lugar no mundo, e, convenhamos, é isto que qualquer um que já viu a  luz neste mundo andou à procura. Destaque para o efeito confirmador que as repetições contidas no texto dão ao que pensa o personagem, de quem gostei mais quando atuando sozinho.

 

 

7. Um Mundo Brilhante, de T. Greenwood (This Glittering World, 2012Tradução de Ivar Panazzolo Júnior, 2012). 336 páginas. Editora Novo Conceito.

Um Mundo BrilhanteUm Mundo Brilhante me proporcionou uma viagem mais íntima na vida e emoções de seus personagens que aquela que Sparks havia acabado de me dar. Por isso, na época, a considerei melhor que ele, e mantenho isso até hoje. Apesar de ser um romance, a autora foge do lugar comum, e não faz de tudo um passeio no parque, pelo contrário, a jornada de cada um é bastante espinhosa, e sempre resvala em Ben, um personagem tão fraco que por vezes o detestei, chegando enfim à conclusão que ele era bem próximo de uma pessoa real, que sabe o que quer fazer mas, quando vê a oportunidade, não tem coragem. O livro ainda retratava o desrespeito que mesmo hoje existe  contra  a população indígena norte-americana, colocando o dedo em uma ferida que boa parte da população prefere fingir que não existe.

 

6. Esposa 22, de Melanie Gideon (Wife 22, 2012 Tradução de Adalgisa Campos da Silva, 2012) 400 páginas. Editora Intrínseca.

Esposa 22A maior surpresa do ano. Não esperava quase nada e me entregou tanto. Em um livro divertidíssimo – acho que na resenha usei a palavra “delicioso” – , Melanie Gideon nos apresenta a Alice, uma mulher preocupada com sua família e que não sabe o que fazer quando seu relacionamento com o marido começa a esfriar. Apesar do tom hollywoodiano, é possível traçar paralelos interessantes com qualquer relacionamento mais duradouro, aproximando o livro da vida real. Destaque para a  narrativa, praticamente sem descrições de cenários ou sentimentos e amplamente baseada em diálogos, chats no Facebook, pesquisas no Google e e-mails.  Isso deu ao livro uma agilidade inimaginável, e permitiu à autora brincar com seus personagens de uma forma pouco vista.

 

 

5. Clube da Luta, de Chuck Palahniuk (Fight Club, 1996Tradução de Cassius Medauar, 2012) 272 páginas. Editora LeYa.

Clube da LutaTyler Durden me enganou por um tempo. Na verdade, só fui me convencer de que havia algo muito errado com ele lá pelo décimo capítulo. Minha culpa? Talvez, mas eu prefiro atribuir o fato à genialidade de Palahniuk. Livro de estreia do autor, trás um ar de novidade, de experimentação, de quebrar com as regras que sabe-se lá quem criou que não havia experimentado antes. Tyler é um cara que quer ser ouvido, e tem um discurso tão excêntrico que é difícil explicar as razões pelas quais soa tão atrativo. Se confiam em mim, escutem o que digo: este livro tem de ser lido. Você não pode dizer que leu de tudo se não passar por um período com Palahniuk.

 

 

4. O Começo do Adeus, de Anne Tyler (The Begginer’s Goodbye, 2012Tradução de Ana Paula Corradini, 2012) 208 páginas. Editora Novo Conceito.

O Começo do AdeusAté “O Começo do Adeus” eu acreditava que, para gostar de um livro, obrigatoriamente tinha de ser simpático ao personagem principal. Tyler veio com sua força e quebrou esse paradigma, ao me apresentar Aaron, um viúvo que tem de aprender a conviver com a perda da esposa, sendo que, durante toda a sua vida não soube muito bem como tratar as pessoas, sendo sempre distante e ranzinza, culpa do trauma de ser portador de necessidades especiais. Tyler está em uma esfera à parte de escritores. Apesar de este ser meu primeiro livro dela, a coloquei em um pedestal que fica bem próximo ao de Somerset Maughan, meu escritor preferido quando se trata de contar histórias sobre a vida como a vida é e, mesmo assim, fazê-las interessantes e profundamente emocionantes. Ah, McEwan também está por ali. Também não é um livro que funciona com todo mundo, infelizmente, mas aqueles que se sentirem tocados terão aqui uma experiência de primeira grandeza.

 

3. Garotas de Vidro, de Laurie Halse Anderson (Wintergirls, 2009Tradução de Ana Paula Corradine, 2012) 272 páginas. Editora Novo Conceito.

Garotas de VidroUm dos melhores livros que já li, “Garotas de Vidro” foi primorosamente escrito por Laurie Halse Anderson, escritora que ganhou todo o meu respeito. Ela fez muito mais que falar sobre distúrbios alimentares. Ela criou uma personagem e, de dentro, do que esta personagem – Lia – é nos mostrou o que estes problemas fazem. Alucinações, distorções da realidade, irritação, um sofrimento sem fim narrado em primeira pessoa que por diversas vezes achei difícil continuar lendo. Para quem achava, como eu, que se tratava apenas de mais um livro com seres fantásticos – como a capa dá a entender – se enganou, e encontrou algo milhões de vezes melhor. Aqui também se vê o uso de sobrescritos, e a luta de Lia com seus problemas é uma constante que não deixa o leitor respirar. Vale por cada parágrafo.

 

2. No Meu Peito Não Cabem Pássaros, de Nuno Camarneiro (2012) 192 páginas. Editora LeYa.

No Meu Peito Não Cabem PássarosPor um bom tempo pensei se este não merecia a primeira posição. Nuno Camarneiro, em sua estreia como romancista, nos apresenta a três homens em três partes do mundo. Nunca se encontrarão, não sabem da existência um do outro, e apenas o fato de serem contemporâneos à passagem de um cometa é que os fazem ter algo que os conectem. Em capítulos curtos, narra os dias comuns de cada um que, em sucessão, nada de comum ou sem importância possuem. É na forma como estrutura estes relatos que reside toda a grandeza de Camarneiro como autor. Poucas vezes tive em mãos um livro tão bem escrito, sem falhas, e que ao final me entregou tanto em que pensar que nem parece saído de uma obra de menos de duzentas páginas. É algo que apenas sentia quando lia poesia, e a semelhança não para nisto, mas se estende ao fato de que cada leitor terá ao lê-lo uma experiência pessoal diferente do seguinte. Quase sempre é o caso, é verdade, mas aqui quero dizer que o livro mexe profundamente com quem o lê, e não há pretensão no autor de o fazer, é algo que a obra naturalmente proporciona.

 

1. Ganhando Meu Pão, de Maksim Górki (V liúdiakh, 1916Tradução de Boris Schnaiderman) 456 páginas. Editora Cosac Naify.

Ganhando Meu PãoSe vocês ganhassem um níquel a cada vez que lhes indiquei a leitura de Górki, bem, já teriam um cofre cheio. Górki é arte. É a literatura em um outro nível. Nenhum autor que conheço relata suas memórias tão bem quanto ele. Assim como nenhum tem uma relação tão íntima com sua pátria e seu povo e consegue expressá-las de uma forma que faça todo sentido para quem o lê, mesmo que próximo da linha do Equador. Existe amor em cada linha, mesmo nas passagens onde ele se mostra, por alguma razão, decepcionado. Acho que não é surpresa encontrarem-no em primeiro nesta lista. Se me perguntarem um autor que me completa como leitor, já sabem quem eu citaria. É estranho como estas conexões são feitas, como reconhecemos algo e nos apegamos a ele de tal forma que uma lembrança, por mais tenra que seja, nos emocione. Assim me sinto com relação a  este livro. Acho que Górki exerce em mim, com sua Rússia gelada e por vezes hostil o mesmo que a exuberante Bahia de Jorge Amado provoca nos russos.

 

Menções Honrosas (clique nas imagens para ler a resenha)

A Casa das OrquideasA Culpa é das EstrelasA Escolhaimage_thumb[1]A Morte da LuzBem Mais PertoCósmicoCulpa de MãeFeita de Fumaça e OssoJogador Nº1La Bodega_thumbO EspiãoO Filho da LUzO ReinoSelvagensSonhosStartersUm Olhar de Amorvathek_thumbViva Para Contar

Vou me permitir vinte menções honrosas em um ano que li mais de sessenta livros. 1/3, nem é tanto assim – talvez seja, mas não poderia deixar estes livros de fora.

Mas o ano acabou e o blog entra de férias? Não, ainda teremos três ou quatro resenhas. Fica convencionado, então, que todas as resenhas publicadas a partir de hoje são elegíveis para o ano que vem. Ok? Ah, aqui você pode ver o Top 11 do ano passado.

E o que acharam do Top 10?

18 comentários:

  1. Concordo com boa parte da lista, só não concordo 100% porque alguns dos livros citados eu não li. Mas dos títulos que li, acredito que você disse tudo! Fico tão contente de saber que mais alguém gostou de Um Mundo Brilhante, porque eu me apaixonei pela história e fico com a impressão de que muitos leitores não deram uma chance ao livro ou não souberam interpretá-lo.

    Minha meta para 2013: ler um escritor russo. Confio no seu gosto e vou pegar alguma indicação por aqui!

    Abração!

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    1. Lu, eu gostei muito do "Um Mundo Brilhante", é um livro que consegue levar o tradicional romance mais além. Ah, cuidado com os russos, eles viciam ;)

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  2. Seu ritmo de leitura é assustador!!! E seu ritmo de escrita de resenhas também... Embora não haja um dia na minha vida no qual eu não leia algo, acho que não consigo ler tantos livros... Ou consiga falar sobre eles assim!!! Adorei sua lista Luciano, amo quando vc fala bem da Anne, uma das minhas metas para o próximo ano é ler todos os livros dela e fica feliz :)

    E claro, adorei sua lista, que 2013 te traga mais livros maravilhosos \o/

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    1. Sabe que este ano conseui ler bastante? Ano passado a coisa não funcionou muito bem, mas neste engrenou. E a Anne tá no coração, já é das minhas autoras preferidas.

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  3. Temos dois livros no top dez em comum! Também amei muito Sobrevivente e Garotas de vidro, ambos pela maneira de escrever e o segundo graças aos seus personagens. Clube da luta foi bem legal também, mas acabou perdendo um pouco a graça porque eu já sabia o final.

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    1. Isabel, em especial o "Garotas de Vidro" mexeu muito comigo quando o li. É como você disse em seu post, os livros para jovens não precisam ser rasos.

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  4. Você lendo tanto, não sei como não faz confusão :) De dois meses para cá, não consigo manter o rítmo da leitura e, os livros que ainda não li e que você resenha, faço lista. Espero folgar para fazer novas encomendas. Depois que a Alê promoveu a blogagem inspirada em "Garotas de Vidro" pude entender o porque da inspiração quando li o livro. Starters comprei para presentear um amigo e soube que ele estava viajando :) hehehe li o livro e depois o presenteei - Adoramos!! Li também Esposa 22 e Um mundo brilhante... da lista que estava fazendo, coloquei um asterisco na frente dos que relacionou nesse post.
    Se eu não voltar aqui antes do natal, quero te desejar desde já, um santo e rico natal! Muito afeto e alegria compartilhada!! Beijus,

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    1. Luma, gosti muito do "Garotas de Vidro", me surpreendi por ser bem diferente do que imaginava. "Starters" foi outra boa surpresa, assim como "Esposa 22". Foi um bom ano, no final.

      Feliz Natal pra você também ;) Beijos.

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  5. Oi Luciano!
    Os únicos livros do seu top 10 que li são os da Novo Conceito :D
    Deve ser bem difícil mesmo escolher apenas 10 livros dentre os que leu no ano. A gente acaba lembrando mais do que leu no mês passado do que os que foram lidos láááá em janeiro, né?
    Vou tentar fazer uma lista assim, vai ser bom para relembrar o que eu li.

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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    1. Sora, deu trabalho, viu, mas acho que até que a lista ficou justa ;)

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  6. Oi Luciano!
    Não deve ter sido nada fácil criar esse top 10,eu mesmo não conseguiria elencar minhas leituras preferidas esse ano,acho que acabaria cometendo injustiças.
    Já que colocou um livro da Anne Tyler na lista,indico que leia O Turista Acidental também dela,eu me apaixonei pela história e acho que vai gostar.
    Um forte abraço!

    Bruno
    http://oexploradorcultural.blogspot.com

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    1. Bruno, não foi mesmo, a gente sempre fica em dúvida, mas acho que até ficou justa.

      A dica está anotada, quero muito ler algo mais de Tyler no ano que vem, fo uma autora que tive o prazer de conhecer este ano.

      Abraços.

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  7. Não li nenhum livro da lista, mas queria ler a culpa é das estrelas e garotas de vidro.

    http://enfimshakespeare.blogspot.com.br/

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  8. Olá Luciano
    Este ano fui meio fraco nas leituras, li pouca coisa.
    Dos livros citados só li "Estilhaça-me". Mas fiquei muito curioso em "Garotas de Vidro", não pensei que ele fosse tão bom assim.
    Criar um top 10 não é nada fácil mesmo, estou tentando selecionar os cinco melhores livros que li esse ano e sinceramente não estou conseguindo.
    Que 2013, venha muito mais livros!

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    1. Lucas, ano passado também não fui muito bem. Tomara que no próximo as suas rendam e que bons livros venham ;)

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  9. Invejável mesmo seu ritmo de leitura, Luciano!

    Ler mais vai ser uma das minhas metas pra ano que vem, vamos ver quanto eu consigo melhorar minha vida bagunçada, rs!

    Quanto à lista, é bonito vê-la tão diversificada. Você é um leitor completo! Quanto ao Górki, já me ganhou. Está na minha lista de aquisições para 2013 (e Cosac é Cosac).

    Boas festas e que venham muito mais leituras interessantes ano que vem!

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    1. Jéssica, este ano consegui ler muito ;) bem mais que no ano passado. Sabe, adoro a Cosac, o trabalho deles é maravilhoso.

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Oscar