2 de setembro de 2013

Fale!, de Laurie Halse Anderson [Resenha #142]

FaleSinopse: “Fale sobre você... Queremos saber o que tem a dizer.” Desde o primeiro momento, quando começou a estudar no colégio Merryweather, Melinda sabia que isso não passava de uma mentira deslavada, uma típica farsa encenada para os calouros. Os poucos amigos que tinha, ela perdeu ou vai perder, acabou isolada e jogada para escanteio. O que não é de admirar, afinal, a garota ligou para a polícia, destruiu a tradicional festinha que os veteranos promovem para comemorar a chegada das férias e, de quebra, mandou vários colegas para a cadeia.

E agora ninguém mais quer saber dela, nem ao menos lhe dirigem a palavra - insultos e deboches, sim - ou lhe dedicam alguns minutos de atenção, com duvidosas exceções. Com o passar dos dias, Melinda vai murchando como uma planta sem água e emudece. Está tão só e tão fragilizada que não tem mais forças para reagir.

Finalmente encontra abrigo nas aulas de arte, e será por meio de seu projeto artístico que tentará retomar a vida e enfrentar seus demônios: o que, de fato, ocorreu naquela maldita festa?

Fale!, é, pra mim, o melhor livro do ano. O que não ver a ser exatamente uma surpresa: o outro livro da autora que li, “Garotas de Vidro”, entrou para os dez mais do ano passado ao me surpreender com um texto denso, muito bem construído, e que, em momento algum, soa piegas; não poderia esperar menos do que isso de seu livro mais conhecido.

E eu começo a resenha me questionando se devo contar ou não a razão pela qual Melinda não fala. Se eu o fizer, meu trabalho fica mais fácil: posso passar umas quinhentas palavras falando sobre como é uma situação difícil, o que advém dela, e como a sociedade a encara e fazer disso um chororô interminável mesclando culpa, com rancor, ódio e a dura vida dos americanos no ensino médio. Mas será só. Se optar por não dizer – e apesar de a sinopse entregar mais do que deveria – um futuro leitor chegará ao livro de peito aberto e o enfrentará sem pensamentos preestabelecidos e prejulgamentos. Assim que deve ser. Que me desculpem os outros resenhistas, mas, se em algum lugar, vocês leram o que aconteceu com Melinda em uma resenha, quem a escreveu não foi justo com vocês, e te tiraram boa parte do que o livro pode te proporcionar.

Mas, claro, o livro é bastante conhecido, já teve filme inspirado nele, então, por uma fonte ou outra você pode ter ficado sabendo. Azar! Eu ganhei com minha ignorância. E, também, vocês podem adivinhar conforme vai lendo, mas não existe problema nisso, os livros ficam até melhores quando a experiência de leitura se dá dessa forma. E, ainda, uma coisa é supor, outros quinhentos são saber.

Melinda, que narra o livro, é uma jovem que entra no ensino médio sem uma amiga, deixada pra escanteio, sem ter em quem se apoiar. Nada muito fora do esquadro se ela não nos informasse, aos poucos, que aquilo nem sempre fora assim, que tinha amigas, que eram inseparáveis, e que algo importante havia acontecido para que isto mudasse. É este “algo” que faz a diferença, que pesa na narrativa e a faz tão densa. Já nas primeiras páginas Melinda deixa claro que existe um assunto que não pode ser mencionado, com o qual ela não pode lidar e nos dá uma visão ainda embaçada do quanto aquilo a afetou, fazendo-a ser tão diferente do que era.

O prof. Freeman acha que tenho que encontrar meus sentimentos. E eu por acaso poderia deixar de encontrá-los? Eles estão me devorando viva, como uma infestação de pensamentos, vergonha, erros. Fecho os olhos com força. (…) Vou me tornar normal. Esquecer tudo o mais. 

– página 147

Se tem uma coisa que eu amo na escrita da Laurie Halse Anderson é em como ela consegue entrar na cabeça de um adolescente problemático e representá-lo para outro adolescente – o que não é mais o meu caso, mas aqui me incluo – e convencê-lo com sua narrativa, sem soar como um adulto chato que pensa que sabe demais.

Assim como ela consegue tecer e dar uma personalidade tão intrincada a esses adolescentes, de uma forma que, mesmo em meio a milhares de problemas, conseguem tirar tempo para dar voz ao deboche, com um humor que, comparado aos piores momentos da protagonista, se mostram nada mais que outro sintoma da aflição que a corrói.

Melinda se automutila, tem problemas de comunicação, de imagem, de relacionamentos, e uma grande facilidade para se dispersar e ficar alheia ao que acontece à sua volta, em sua escola, e em especial durante às aulas. Antes uma aluna competente, é incrível como o corpo docente demora a perceber que algo não anda bem, como se fossem completamente alheios à dinâmica escolar, que, em todo lugar do mundo, divide os alunos em castas ou grupos ou em como quer que os chame. Me parece, ainda, que este completo alheamento ao que ocorre além-boletim é um problema generalizado, espalhado por todo o mundo, e seus pais só são convocados à escola quando suas notas vão de mal a pior.

Eu adoraria ficar ali batendo papo, mas os meus pés não me deixam. Vou andando para casa, em vez de pegar o ônibus. Destranco  a porta da frente e subo direto até meu quarto, atravesso o tapete e vou para o meu closet sem nem tirar a mochila. Quando me fecho, enterro o rosto nas roupas penduradas no lado esquerdo, roupas que não me servem há anos. Enfio aqueles tecidos velhos na boca e grito até só restar silêncio nas minhas entranhas.

– página 186

Mas o “Fale!” que dá título ao livro e estampa sua capa – muito bem desenvolvida, por sinal, mais um ponto positivo pra Editora Valentina, que já tem comigo uma porção deles, e dois dos três melhores livros dentre os que li este ano – é um pedido desesperado de que a personagem se comunique, e não apenas em sala de aula, com seus pais em sua casa, ou que se esforce para se entrosar, fazer parte do grupo, criar relações de amizade. Não, e talvez passe longe disso! E muito!

A autora implora que ela fale sobre ela. E isso se dá da forma mais magistral que um autor pode levar a cabo: através do desespero do seu leitor, que lê seu livro aflito, com um puta peso no peito, e que prende a respiração a cada dois parágrafos porque a coisa ali tá feia de uma maneira homérica. Sem tomar voz em nenhum momento, ela impele que seu leitor cobre Melinda, que torça por ela, que tenha raiva de suas fraquezas, que comemore junto as pequenas vitórias, mas que, de uma maneira subjetiva que tem mais validade que um milhão de páginas, esteja presente, que ouça.

Sim, uma hora ela tem de falar.

E você, de ouvir. E é melhor estar pronto.

 

Fale!, de Laurie Halse Anderson (Speak, 1999 Tradução de Flávia Carneiro Anderson, 2013) – 248 páginas, ISBN 9788565859073, Editora Valentina.

{A+}

50 comentários:

  1. Uau!!! Uau mesmo para a Laurie Halse Anderson e para a resenha também!!! Lembro que não peguei "Garotas de vidro" quando a Irene disponibilizou por medo de enfrentar a cabeça da protagonista e não sai ilesa e agora vem mais esse livro... Confesso que estive paquerando ele, mas... agora nem sei se vou encarar ou não... Acho que não estou pronta! rsrsrs...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que você deveria ler - eu adoraria que lê-se!!!! - ele é mais tranquilo que o "Garotas de Vidro", pois Melinda é uma personagem mais sã, consegue até mesmo tecer algumas comentários bem humorados. E é tudo conduzido com muito cuidado - eu diria bom gosto, mas ficaria estranho - pela autora, sem pecar pelos excessos que, em livros assim, podem acontecer.

      Meu voto é para que leia ;)

      Excluir
    2. Já comprei e está chegando... Qualquer crise existencial, más lembranças vindas a tona e derivativos coloco na tua conta :p rsrs...

      Excluir
    3. Só para constar, demorei mais de um ano, mas escrevi uma resenha para esse livro... já adiei a publicação umas cem vezes, mas uma hora publico :p

      Excluir
  2. Fiquei chocada com esta resenha, e agora muito interessada no livro! Mas, me explique: essa capa aí foi furada, não? Olhando assim, eu imaginei tudo, menos um livro tão complexo. Acho que essa capa é uma injustiça, e tenho certeza que muita gente vai passar longe do livro por causa dela. Adorei a resenha!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lu, vale muito a pena ler o livro, leia! Quanto a capa, a árvore faz todo o sentido no decorrer da história, e é algo muito importante, que a ajuda no processo de se comunicar. Eu achei os lábios ao invés das folhas interessantes, dá um significado a mais.... Eu curti, rsrs

      Excluir
  3. AAAAAA enlouqueci aqui com sua resenha!!!

    Gostei muito de Garota de Vidro e sei que vou amar Fale.

    É uma das próximas leituras, e agora não vejo a hora.

    Resenha apaixonada e envolvente, fez toda a diferença.

    Bjkas

    Lelê Tapias
    http://topensandoemler.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. OMG, que resenha cara, tu falou de tudo. Estou de boca aberta aqui.
    Eu estava começando a ler e não resisti em assistir ao filme, putz, assim como você fiquei inquieto, porque eu achava que tinha alguma coisa no começo, mas Melinda não queria revelar logo de cara. O pior é que no filme já nos dá esse tapa, tudo parecia óbvio demais, mas no livro não, sempre tem um tom de que tem algo a mais.
    Tu resgatou tudo o que de mais importante tem a criticar para eu querer mais do livro. Parabéns!

    Rafa do leiturasvivas.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Rafael!Eu gostei tanto do livor que a resenha saiu naturalmente, foi só deixar fluir. Eu não li muita coisa da Laurie Halse Anderson, mas do que já li foi assim mesmo, o livro me contagiou tanto que falar sobre se tornou algo necessário. Espero que goste da leitura do livro.

      Excluir
  5. Nossa acabei de conhecer o blog e já estou encantada que texto maravilhoso, parabéns. Ainda nao li nada dessa autora mas tenho interesse desde o lançamento de Garotas de vidro, confesso que nao tinha prestado atenção nesse livro, muito interessante. Vou correndo adicionar a minha lista de desejos, valeu pela ótima dica e sucesso ao blog.

    Leituras, vida e paixões!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aline, a Laurie é uma autora que me surpreendeu bastante, espero poder ler algo mais dela. Boa leitura ;)

      Excluir
  6. Coincidentemente, minha última resenha foi de "Garotas de vidro" e eu senti da pele como são fortes os temas tratados pela autora. Infelizmente, fiquei sabendo o que acontece com a garota por outra resenha, e acabei até ficando com um pouco menos de vontade de ler por conta do spoiler :(
    Isabela

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isabela, eu achei o "Garotas" mais forte que o "Fale!", a aflição que senti nele foi maior, mas gostei muito de ambos ;)

      Ah, eu acho que saber de cara o que acontece dá uma atrapalhada no desenvolvimento da leitura...

      Excluir
  7. Eu vi o filme e adorei. É realmente um história muito densa e tensa, mas que deveria ser conhecida por todo mundo, adolescente ou não. Quero ler o livro, pois sei que é melhor que o filme, tem mais detalhes e parece ser ainda mais comovente.
    Realmente a autora tem um talento impressionante para descrever todo este lado emocional e psicológico de seus personagens.
    bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ana Paula, eu tô querendo assistir ao filme, mas é com a Stewart, e ela tem sempre a mesma cara em tudo o que é lugar! Leia o livro, é muito bom!

      Excluir
  8. Eu não vi o filme ainda, mas estou mega curiosa pela história! Não gostei muito da capa, acho que pelo público alvo não funciona, se eu visse em uma livraria ia achar que é auto-ajuda. Mas o q vale é o conteúdo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gabriela, a capa casa perfeitamente com a história narrada no livro, e achei ela de muito bom gosto ;)

      Excluir
  9. Em poucas palavras pode-se dizer como é esse livro: Sensacional. A resenha está ótima, o que faz cada vez mais leitores ler " Fale!"

    ResponderExcluir
  10. Sua resenha me deixou curiosa, quero ler o livro! Em breve *-*

    ResponderExcluir
  11. Já me ganhou no "melhor livro do ano", com certeza quero muito ler, parabéns pela resenha, clara e objetiva!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Jardel, me sinto assim com relação ao livro. Pra mim é o melhor, até agora.

      Excluir
  12. Putz, isso é que é resenha de chorar querendo o livro! Está de parabéns u.u
    Nossa, que energia boa passou agora sobre o livro, deu mais vontade ainda de conferir essa trama. Parece ser desesperadora e intrigante, gostosa e real. Quero muito ler.

    ResponderExcluir
  13. Li em alguma resenha sobre a adaptação cinematográfica, mas nem tinha ideia dela, haha.
    Estou curiosa para conhecer essa trama.

    ResponderExcluir
  14. Eu amo a Laurie Halse!

    Taís santos

    ResponderExcluir
  15. Oi Luciano! õ/
    Então, desculpa o sumiço. Eu também já li Garotas de Vidro e ele se tornou um dos meus favoritos. Assisti o filme "Speak" ano passado e não gostei muito. Digo, mais pela atriz do que pela história em si (que é linda!). A Kriesten Stewart não serve para ser atriz, sério. Mas me lembro de ter gostado muito do professor de artes dela e aquele garoto legal, a pesar de não lembrar o nome dele :s
    Pelo que você disse na resenha, já dá para perceber que eles suavizaram muito o filme, provavelmente para diminuir a classificação indicativa. A Melinda não se automutila no filme, só é caladona, dá a impressão que nem está ali e viva, a atriz simplesmente fez a Melinda parecer uma personagem secundária. Eu sei que a mudez é uma característica dela, mas não dá, a atriz é muito morta!
    O que mais gostei em Garotas de Vidro é que a Laurie retratou a depressão de uma forma real e até um pouco romantizada, para ser sincera. Acho que eu amaria Fale, por isso vou participar da promoção. Me deseje sorte!!

    Beijos :*
    www.nathlambert.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nath, esse é meu problema com o filme, a Stewart! Se você gostou do "Garotas de Vidro" tem tudo pra amar "Fale!" a Laurie mais uma vez me surpreendeu bastante.

      Excluir
  16. No mínimo interessante, mais uma história de adolescente problemático na escola. Os adolescentes são assim mesmo, eu que o diga, pois tenho dois. Mas adoro, são uma fonte de renovação de ideias. Eu só faço crescer frente às contestações deles. Amo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tânia, essa não é uma fase fácil! espero que goste do livro.

      Excluir
  17. Nunca li nenhum dos livros dela, mas já ouvi falar bastante desse Garota de vidro, e adorei a resenha desse livro me deixou bem curiosa pra ler. Adorei o seu blog, nunca tinha visitado aqui. Beijos

    ResponderExcluir
  18. Achei o tema extremamente delicado e, por isso mesmo, válido. Mas desde que seja abordado com sensibilidade e tb força, para que não seja banalizado.
    Esse drama é tão comum entre meninas e tantas se calam, sem forças. Sei que vou chorar e sofrer com Melinda, desprotegida e com marcas que não se apagarão. Mas o crescimento e o amadurecimento virão e com eles a força que Melinda descobrirá ter. Quero demais ler!

    ResponderExcluir
  19. Esta capa está linda demaaaaaaaaaais :D e eu adoro livros com histórias dramáticas.

    ResponderExcluir
  20. Sinceramente... eu não gostei de Garotas de Vidro e sinceramente... não sei se vou ler esta história não. :)
    Quem sabe daqui há algum tempo eu mude de ideia não é?

    ResponderExcluir
  21. Ah então ela é autora de Garotas de Vidro? Hum então ela assim como eu gosta das remelas da sociedade e não dos olhos? Vai entender essa estranha mania de gostar dos problemas dos outros né? Por isso Psicologia S2!

    Curiosa p/ ler o livro!
    Miquilis: Bruna Costenaro

    ResponderExcluir
  22. Eu confesso que não gostei muito de Garotas de Vidro, por mais que tentasse não consegui entender e me simpatizar com a personagem principal. Mas com Fale! acredito que seja diferente. Só pela resenha, já senti uma grande empatia por Melinda. Por toda a repercussão que seu lançamento gerou lá fora, vale a pena dar uma chance a ele. Estou ansiosa pela leitura!

    Bjs
    @tibiux

    ResponderExcluir
  23. Que resenha maravilhosa, Garotas de Vidro é muito pesado porém um ótimo livro. Achei muito interessante.

    ResponderExcluir
  24. Gostei da resenha. Não sou muito chegada nesse tipo de livro, mas gostei muito. O título me chamou muita atenção e quando li a resenha... Principalmente com os trechos, isso me deixou ainda mais curiosa.

    ResponderExcluir
  25. Doida pra ler esse livro depois de tantos elogios. Infelizmente ja sei o que aconteceu com a Melinda, nem todo mundo foi como você, acabei lendo o que se passou com ela ;(
    Acho incrivel mesmo como ela retrata os problemas adolescentes, li o outro lviro dela também e fiquei chocada com o realismo que a autora trás. Também fiquei chocada como as pessoas ao redor não veem que tem algo de errado com a garota, é revoltante!
    Espero ler muito em breve.
    Bj

    ResponderExcluir
  26. Essa resenha me instigou a ler este livro, já havia ouvido falar desse livro, acho que foi em algum vlog literário. De qualquer maneira, ótima resenha!

    ResponderExcluir
  27. Resenha muito legal, acho que já vi o filme, pelo menos a história relatada se parece muito com um filme que vi, se for o mesmo, eu sei pq ela sempre fica calada ;)

    ResponderExcluir
  28. Adorei a resenha, livro e pelo que vi nos comentários filme add a minha wish list.

    ResponderExcluir
  29. Eu já estava querendo ler Garotas de Vidro e agora também quero ler Fale!! kkk Assim minha lista só vai aumentando.
    Parabéns pela resenha

    ResponderExcluir
  30. Adooooreei a resenha!! Ainda não tinha lido nada sobre este livro e tô louca pra ler! A história de uma garota que destroi a festa dos veteranos? ADORO KKKKKKK

    ResponderExcluir
  31. Parece ser um livro muito forte!


    Jessica Neves

    ResponderExcluir
  32. Eu li GArotas de Vidro, então preciso dess e livro!!

    Amanda Ribeiro

    ResponderExcluir
  33. Quero muito ler esse livro. Já li Garotas de Vidro e sei que a autora consegue tratar de temas difíceis com maestria, realmente consegue descrever o que é ser um adolescente problemático como você disse na resenha. Não sabia que havia um filme de Fale!, mas de qualquer maneira lerei o livro antes de buscar assisti-lo.

    ResponderExcluir

Olá, seu comentário é muito importante para nós.

Nenhum comentário aqui publicado sofre qualquer tipo de edição e/ou manipulação, porém o autor do blog se reserva o direito de excluir todo e qualquer comentário que apresente temática ofensiva, palavras de baixo calão, e qualquer tipo de preconceito e/ou discriminação racial, estando assim em desconformidade com nossa Política de Privacidade.

Oscar