12 de setembro de 2014

Correio #25 – Vai um mangá aí?

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Quem mora fora do eixo Rio-SP sofre para acompanhar mangás. Aqui, no interior de São Paulo, por exemplo, a maioria dos títulos são de distribuição setorizada, ou seja, rodam primeiro as capitais, e só depois chegam aqui. Além do tempo maior de espera para se ter o produto em mãos, muitas das vezes eles chegam em um estado lamentável, já que nem todos os títulos são plastificados ao sair da gráfica.

Justamente por isso, acompanho muito pouca coisa conforme ela é lançada, acabo optando por fazer compras maiores nas lojas especializadas três ou quatro vezes por ano, aproveitando para economizar no frete. Foi o que fiz no último mês – bem vindo adicional de férias! A ideia original era completar séries, mas não foi bem o que aconteceu…. e nem foi uma compra tão grande.

Tenho procurado pelo “Solanin”, do Inio Asano e publicado em dois volumes pela L&PM Pocket já há algum tempo, mas só encontrei o volume dois. O primeiro está esgotado, minha última esperança é a Estante Virtual.

O “Corpse Party Musume” não foi comprado nessa leva, mas, mistério, apareceu na foto. É uma das minhas próximas leituras, talvez saia resenha em breve.

Vou logo dizendo que o “Cosplay Kanojo” eu comprei por pura e simples curiosidade. Ele é um lançamento do selo Harém, da New Pop, que tem um foco mais adulto. O Cosplay Kanojo, por sinal, é um mangá erótico por definição, mas confiem em mim quando digo que é pornô mesmo. De qualquer forma, meus cumprimentos à editora pela coragem de disponibilizar um produto desse tipo por estas bandas, e, também, por fazê-lo de forma decente: é um mangá erótico, mas com boa encadernação e papel offset. NewPop é amor.

O “Loveless Vol. 01”, do Yun Kouga, chegou muito bem recomendado e será minha primeira incursão no mundo dos shonen-ais. Por definição, o shonen-ai trás uma relação com forte conotação afetiva entre garotos. Mas não se deve confundir shonen-ai com yaoi. O yaoi tem uma forte conotação sexual e erótica, o shonen-ai não. Bom, acho que é isso. São tantos os demográficos que é inevitável se perder ou ficar confuso. Para ilustrar melhor, você, bobinho como eu, que assistia “Sakura Card Captors” na tv e achava que ela morava com o pai e um irmão, não se engane. A relação dos pais do irmão de Sakura com seu amigo (obrigado pela correção, Lígia!) é totalmente shonen-ai. Sim, isso é as meninas do CLAMP dez passos à frente da mentalidade ocidental. Ao que me parece, “Loveless” tem uma pegada psicológica interessante. Vou acompanhar.

Já o “Street Fighter Alpha Volume 2”, do Masahiko Nakahira, é baseado na famosa série de jogos de video game. Ainda não li o primeiro, mas a série em mangá é curtinha, só dois volumes.

O “Usagi Drop” é uma coisa muito linda, ainda mais quando se trata de um raro produto voltado para o demográfico josei, ou seja, a faixa da população formada por mulheres adultas. De autoria da mangaká Unita Yumi, ele narra a história de um homem solteirão na casa dos trinta, que, no velório do avô, descobre que ele tinha uma filha de seis anos da qual ninguém da família tinha ideia da existência. Como ninguém quer cuidar dela, Daikichi, o solteirão, resolve levá-la para sua casa, caso contrário acabaria no orfanato. Originalmente o mangá tem nove volumes. Por aqui, a edição da NewPop está linda.

Quase terminando a lista, temos o “Azumanga Daioh”, do lindo-talentoso-bem-humorado do Azuma Kiyohiko. Minha devoção à ele se deve ao “Yotsubato”, uma outra série sua de sucesso e que eu conheci através de scans. O “Azumanga Daioh” é uma série de quatro volumes em estilo yonkoma, semelhante ao de “K-On!” – para saber mais leia minha resenha sobre “K-On!”. Mas o que importa é: segundo a NewPop, caso Azumanga venda bem, eles publicaração “Yotsubato” por aqui. Essa é a notícia que eu esperava há séculos, já não aguentava mais ficar mendigando nos e-mails das editoras para que trouxessem a obra para cá. Agora é torcer.

Por fim, temos o “Tsumitsuki”, obra em volume único do Hiro Kyiohara. A edição está bonita, possui páginas coloridas, mas por ser volume único eu acho que ela merecia ter saído em offset…

Foi isso. Poucas séries terminando, uma infinidade delas começando. Fazer o quê…

17 comentários:

  1. Nunca li um mangá, acredita? Tenho bastante curiosidade em pegar um e ler, espero em breve fazer isso, adorei suas compras...

    bjs

    ateliedoslivros.blogspot.com.br

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    1. Simeia, é uma experiência interessante, mas que exige certa adaptação ;)

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  2. Tenho muita vontade de ler Solanin, mas não sabia que o primeiro volume estava esgotado, que pena. Tenho vontade de ler esses mangás curtos, já que não tenho disposição de acompanhar séries mais longas.
    E quanto ao shonen-ai e Sakura Card Captors, o relacionamento gay não é entre os pais de Sakura e sim entre o irmão (Touya) e o amigo dele, Yukito.

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    1. Lígia, pois é, a opção é tentar na Estante Vertical, pelo que pesquisei o Solanin está esgotado na editora. Ah, obrigado pelo toque, o post foi corrigido.

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  3. Oi Luciano, tudo bem?
    Acho que é o mal de todo viciado em leitura, sempre queremos adquirir coisas novas. Aqui em Brasília são poucos os lugares para se comprar mangás, mas já vi alguns, mas os preços são bem altos. Enfim, boas leituras pra você.
    Abraços,
    Amanda Almeida
    Você é o que lê

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  4. Já ouvi ótimas recomendações sobre esse Tsumitsuki. Depois me conta o que achou.
    Adorei seus novos moradores da estante. Bem legais!!

    Bjksss

    Lelê

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    1. Lelê, ele deve ser uma das próximas leituras, e conto sim ;)

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  5. Oxe, mas a Sakura morava mesmo com o pai e com o irmão, o Toya é mesmo irmão dela, isso fica claro no manga. Inclusive ele vê a mãe dela constanteme mesmo depois que ela faleceu quando, ele só para de ver a mãe quando dar seu poder ao Yukito. No mangar isso é contado direitinho! Aliás, as meninas da CLAMP vão mais além ainda na digievolução em relação ao que é tabu no ocidente, porque o Toya antes de conhecer o Yukito, que é a pessoa que ele ama, teve uma namorada, ou seja, ele é bissexual shuashaus... #FamíliaBrasileiraMorrendo

    Fiquei com vontade de ler Loveless, a Mi outro dia disse que eu sou uma potencial fã de Yaoi, vivo me apaixonando por personagens Yaois :'( então shonen-ai pode ser uma boa pedida para minha pessoa!

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    1. Tá explicado então! Eu tenho de ler o mangá, perdi o bonde agora que relançaram, vou correr atrás! - e, sim, as meninas da CLAMP estão de parabéns. - Ah, assim que ler Loveless divido e conto o que achei.

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  6. Admiro o amor que vocês tem pelos Mangás!
    Meu filho então já não tem mais onde guardar... Pensei que essa paixão fosse acabar,mas quanto mais velho e tendo seu dinheiro aí que ninguém segura.
    Boa leitura
    Saleta de Leitura

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    1. Hahahaha! Irene, eu também achei que com o tempo gostaria menos, que nada!

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  7. Sim, a Pandora é uma potencial fã de Yaoi! kkkkkkk

    Agora, se às vezes comprar em SP é difícil eu imagino no interior! Se bem que eu prefiro comprar pela internet, mas no momento só estou acompanhando Kaichou wa Maid-sama! Agora, depois que eu descobri o final de “Usagi Drop” eu desisti de colecionar kkkkkkkk Já K-On, bom, é uma história que eu acho, particularmente, que fica melhor em anime, por causa da trilha sonora, mas quem sabe no futuro eu compre o mangá!

    Adorei o post adoro a cultura a otaku e sempre estou reclamando das editoras que quase nunca olham para o shoujo! XD

    Bjs, Michele

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    1. Michele, minha salvação também é a internet, em banca não dá. Agora, que chato descobrir o final de uma série, ainda não li o Usagi, mas a edição da NewPop tá bonitona.

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  8. A L&PM tem edições boas ou é nível livro de bolso mesmo? Porque eu ando achando a editora cara para livros com baixa qualidade gráfica. Aliás, nunca encontro nada da New Pop, onde você compra?

    Abraços!

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  9. Luciano, tenho uma edição maravilhosa em volume único de Solanin! Dá uma olhada: http://www.gigaventure.com/wp-content/uploads/2012/10/DSC_0118.jpg

    É pela Viz Media, maior editora de mangás nos EUA. Se ler em inglês, invista: vale a pena, e ninguém sabe quando a L&PM vai relançar o primeiro volume (e, gente, qual a necessidade disso, fazer dois volumes tão pequenos?).

    Quanto à obra em si, cheguei na metade ano passado e parei, porque meu emocional no momento não aguentava! É lindo, mesmo: traço e enredo.

    Abraços!

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Oscar