Sinopse: Rachel e seu irmão mais novo, Eric. Toda noite eles tinham estranhos pesadelos povoados por feiticeiros monstruosos e crianças perdidas na neve. Até que um dia os terríveis sonhos viraram realidade: ambos acordam no mundo gelado e sombrio de Ithrea, o universo da mais maléfica de todas as criaturas, a bruxa Dragwena. O seqüestro das crianças se dá porque Dragwena está à procura de uma menina especial – a criança-esperança, cujos poderes poderão ajudá-la a conquistar a Terra. E ela tem uma grande intuição de que essa menina possa ser Rachel. Exultante com a nova aquisição em Ithrea, a bruxa celebra a companhia da nova aliada, mas ela não imaginava que para dominar a menina ela teria que colocar em prática seus maiores feitiços.
Rachel, que pouco a pouco descobre seus próprios poderes, resiste com firmeza à dominação de Dragwena. Ela acabará encontrando auxílio entre os escravos da bruxa, que durante anos falaram sobre a lenda da menina que vai derrotar a feiticeira e libertar a todos. Resta saber se Rachel é mesmo essa criança especial...
As narrativas de McNish ostentam como pano de fundo uma luta de valores entre o bem e o mal, conduzida por heróis de aceitação inquestionável. Para quem gosta de tramas que misturam magia, transformações e intermináveis combates fantásticos entre bruxas e feiticeiros, O sortilégio – primeiro volume da Trilogia da Magia –, criado por Cliff McNish, é impecável.
Tenho os três livros da “Trilogia da Magia”, escritos pelo Cliff McNish, em casa há um bom tempo, e sempre senti certa curiosidade em lê-los, então foi com alguma expectativa que comecei a leitura do primeiro livro, “O Sortilégio”, tinha até mesmo a convicção de que leria os três esta semana – são bem curtos – finalizando de uma vez a trilogia.
Mas não será bem assim.
Em “O Sortilégio”, dois irmãos, Rachel e Eric, vem compartilhando sonhos estranhos, mas seus pais não lhes dão muito crédito até que um dia uma criatura das sombras abre uma espécie de portal dimensional no porão da casa deles, e os rapta. Nesse “universo paralelo”, Rachel descobre que consegue impor sua vontade – os dois estão em uma queda que parece sem fim, mas ela percebe que, se quiser ir mais devagar, consegue apenas focando nisso – e fazer coisas imagináveis. Isso é parte das razões pelas quais foram raptados.
Dragwena, uma bruxa, vive isolada em Ithrea, um mundo frio, coberto de neve e sem nenhuma esperança, mas espera a chegada de uma criança que tenha tanto poder quanto a ela, para que, juntos, possam por fim terminar um assunto que se encontra pendente à séculos. Rachel, ela acredita, é essa criança, e, por tabela, também fica interessada por Eric que, primeiro, é uma excelente ferramenta de manipulação de Rachel, que faria qualquer cois apara manter seu irmão seguro, e, segundo, tem um tipo “diferente” de mágica.
Porém, a chegada de uma criança muito poderosa também é aguardada por aqueles que se encontram sob o julgo de Dragwena, obrigados a servi-la e fazer parte de todos os seus planos. Rachel, tudo indica, é essa criança.
Tudo parece promissor. Mas só parece.
O livro não é confuso, há uma luta bem definida entre o bem e o mal, um mundo onde magia é possível, e exploração de valores como amizade, solidariedade e justiça. O que me incomodou foi a total falta de timing do autor. Os acontecimentos são narrados de forma rápida, personagens são acrescentados quando se fazem necessários, e uma explicação para a origem do reinado de Dragwena em Ithrea é despejada antes da metade do livro. Cadê o mistério, os ganchos, os pontos de tensão?
Acho que o autor se esforça para entregar um livro redondo, mas falha no meio do caminho. As tentativas de tornar Dragwena sanguinária são primárias, não entendi muito bem as figuras dos seus servos, são anões ou não? Não sei! E os dois garotos não tem tanto carisma quanto seria de se esperar.
Se tivesse eu vinte anos a menos e completa ignorância acerca de séries de ficção fantástica milhões de vezes superior à “Trilogia da Magia”, como “O Senhor dos Anéis”, “The Soul Seekers” e, claro, “Harry Potter”, talvez até tivesse gostado um pouco mais. mas, perto desses, não há nem mesmo comparação.
Apesar de não ser desastrosa, não recomendo a leitura. Tem coisa melhor por aí. Mas, para quem ficar curioso, a leitura é rápida, coisa de uma tarde. Vale, talvez, para experimentar. Pretendo concluir à trilogia, um dia, no momento tenho muito mais o que ler.
O Sortilégio - Trilogia da Magia Livro 1, de Cliff McNish (The Doomspell, 2000 – Tradução de Angela Melin, 2005) – 258 páginas, ISBN 9788532518774, Editora Rocco/Rocco Jovens Leitores
{C-}
Noooooossa!!
ResponderExcluirEu nem conhecia este livro, e depois da sua resenha acho melhor deixar assim mesmo.
Como temos um gosto um pouco parecido, acho que não vou curtir também.
Mesmo assim sua resenha está impecável!!! Adoro!!!
Bjks
Lelê
Lelê, tem séries de fantasia muito melhor elaboradas que ela, infelizmente é preciso peneirar.
ExcluirOi Luciano!
ResponderExcluirNão conhecia essa trilogia, mas parecia promissora mesmo. Pena que o livro foi tão fraco! Quando o primeiro é ruim, nem dá vontade de ler as continuações.
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Sora, me decepcionei! Esperava que teria fôlego pra ler os três livros em sequência, mas vou esperar um pouco, quem sabe um dia retomo a leitura.
ExcluirAcho que eu nunca tinha ouvido falar dessa série, mas escrever literatura fantástica é muito difícil mesmo, ainda mais hoje em dia, quando muito já foi explorado e há grandes sucessos que são carro-chefe do gênero. Não é uma leitura que me desperta a curiosidade, então vou passar.
ResponderExcluirAbraços!
Pois é, tem títulos melhores à disposição, então não sei se vale muito a pena insistir nesse.
ExcluirEu sofri com essa leitura. Fiz na 5ª série, porque até pela capa e a sinopse, dá pra ter uma curiosidade do que o livro trata, porém, o que encontrei, foi totalmente nada a ver. Tudo bem que é literatura fantástica, mas eu senti uma forçação de barra do autor que não dava pra segurar. Conclui a leitura insatisfeito, não só por não ter gostado, mas pelo autor não ter usado os elementos a sua disposição de modo ideal, porque, sinceramente, poderia ter saído coisa boa dai.
ResponderExcluirAbraços,
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