Hoje, 15 de setembro, comemora-se os 120 anos de nascimento daquela que, incontestavelmente, é a maior autora de romances policiais de todos os tempos, Agatha Christie.
Nascida Agatha May Clarissa Miller em 15 de Setembro de 1879, Agatha Christie é conhecida como a Rainha do Crime. Os seus livros venderam mais de 4 bilhões de exemplares, sendo ela a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare. Autora de cerca de oitenta romances policiais e coleções de pequenas histórias, dezenove peças e seis romances escritos sob o nome de Mary Westmacott, foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.
Me especializei em assassinatos de interesse silencioso e familiar.
- Agatha Christie
Há quase um ano atrás, a Vanessa, do Fio de Ariadne, propôs uma blogagem coletiva onde cada um deveria falar sobre seu escritor favorito. O meu escolhido foi justamente Agatha Christie, e, na ocasião, postei algo assim:
Foi estranho o modo como conheci Agatha Christie. Estava escolhendo um livro na biblioteca da escola – ou muito me engano ou devia ser o ano de 98 – e me deparei com “Sócios no Crime”. Não sei explicar direito, mas às vezes tenho a impressão de ter, de antemão, conhecimento de algo que ainda não conheço. Confuso? É sim, mas já aconteceu algumas vezes, e sempre com algo que depois passei a admirar ou gostar muito: Bob Dylan, Júlio Verne, Agatha Christie, entre outros. É como se esses nomes ou coisas fossem tão fortes e presentes que sempre tive ciência de suas existências. Mas não importa – ao menos não agora.
Acabei levando Sócios do Crime para casa e o li em dois dias. Depois me tornei um leitor compulsivo, e não demorou muito para esgotar todas as possibilidades que tinha na pequena biblioteca da escola, tendo como companheiros de toda tarde Tommy e Tupence Beresford, Miss Marple e Poirot, saboreando suas aventuras no aconchego do meu quarto.
Nenhum livro me impressionou tanto quanto O Caso dos Dez Negrinhos 
– que se chamava assim na época que o li, mas me parece que mudaram seu título por alguns o considerarem politicamente incorreto. Juro que, enquanto o lia, mudei minha cama para o canto do quarto e passei a dormir com as costas na parede e de olho na porta. Normal, se se considerar que todo mundo no livro começou a morrer e nem sinal do assassino. Sem dúvida é meu livro preferido de Agatha Christie, e o efeito que teve sobre mim se manteve o mesmo nas segunda e terceira leitura.
Calculo que tudo que li não corresponde nem a 40% do que a autora escreveu – cerca de 100 livros 
– portanto minha dívida é grande. Mas sempre é tempo de por as células cinzentas para funcionar e acompanhar uma obra da Rainha do Crime. E, claro, se surpreender.
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Na Inglaterra, diversos eventos estão sendo organizados para comemorar a data, como a Christie Week e até um bolo de aniversário, o Delicious Death, nada mais adequado para comemorar a data.
Coloquem a massa cinzenta para funcionar, hoje é o dia da Rainha do Crime!
Luciano,
ResponderExcluirMais que merecida a homenagem!
Agatha Christie era insubstituível na arte de escrever grandes suspenses.
O livro que me ligou eternamente à ela foi "Os quatro grandes", o primeiro que li, mas não o último pois procuro ler tudo relacioando à ela.
Outro livro fantástico é "Os elefantes não esquecem".
Engraçada como é a vida.
O primeiro livro que li de Agatha foi emprestado de uma colega que odiava ler, mas os pais queriam que ela lesse de qualquer maneira, sempre comprando bons livros.
Acabou que foi através dessa colega que tive contato com dois dos clássicos literários: o já citado "Os quatro grandes" e "O beijo da mulher-aranha", de Manuel Puig.
Se Agatha estivesse viva, ainda estaria nos brindando com grandes suspenses...
Adorei o post!
Um abraço,
Mary :)
Mary,
ResponderExcluirAgatha Christie também tem um papel marcante em minha vida, já que passei um bom tempo em companhia de seus livros, e ainda passo quando tenho a oportunidade.
Obrigado pelo comentário, com certeza enriqueceu a postagem.
Abraços.
Nossa, como lia seus livros tambem na epoca de colegio, viajava muito, a gente na fase de escolher profissao, chega ate em detetive quando se depara com suas historias.E as pitadas romanticas, perfeita!Merecido texto e homenagem!
ResponderExcluirSalve a Rainha do crime.
Senhor da Vida,
ResponderExcluirRealmente Agatha Christie sempre soube dosar sentimentos e emoções em seus livros, crei que por isso possamos ficar tão conectados com ele enquanto lemos.
Salve a Rainha do Crime! Abraços.
Talvez o sucesso dela tenha acontecido pelo respeito que impôs ao gênero e como você mesmo comentou em um texto que escrevi sobre a autora " a arte imita a vida numa proporção bem maior que o contrário, talvez devesse dizer que a arte é o reflexo da vida" :) Bom Domingo!
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirFui atrás do texto que citou, me lembrava dele mas demorei encontrar porque foi um texto que li bem depois de escrito rs. Concordo com você, Christie levou os crimes e seus mistérios em um patamar que nenhum outro autor havia colocado-os. E não é que ainda estou em falta com G.K. Chesterton e Padre Brown?
Abraços.