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16 de novembro de 2015

A Menina da Neve, de Eowyn Ivey [Resenha #237]

A Menina da Neve


Sinopse: Alasca, 1920: um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem filhos, eles estão se afastando cada vez mais um do outro. Em um dos raros momentos juntos, durante a primeira nevasca da temporada, eles constroem uma criança feita de neve. Na manhã seguinte, a criança de neve some. Dias depois, eles avistam uma criança loira correndo por entre as árvores. Uma menina que parece não ser de verdade, acompanhada de uma raposa vermelha e que, de alguma formam consegue sobreviver sozinha no frio e rigoroso inverno do Alasca. Enquanto Jack e Mabel se esforçam para entender esta criança que parece saída das páginas de um conto de fadas, eles começam a amá-la como se fosse sua própria filha. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como aparentam, e o que eles aprenderão sobre essa misteriosa menina irá transformar a vida de todos.


Comentei no Instagram e repito aqui que, quando o livro de estreia de um autor é indicado ao Pulitzer, a gente tem que ficar de olho nele. Com seu livro de estreia, “A Menina da Neve”, Eowyn Ivey conseguiu esta façanha, e nos entregou um belo livro.

20 de outubro de 2015

Neve na Primavera, de Sarah Jio [Resenha #235]

Neve na Primavera


Sinopse

: Seattle, 1933. Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho.

Na manhã seguinte, o dia 2 de maio, uma nevasca desaba sobre a cidade.

Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve.

Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. O dia é 2 de maio. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos, Claire se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Ela descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.


Minha primeira experiência com a autora Sarah Jio foi bastante agradável. Seu “Violetas de Março” foi um livro que me surpreendeu por sua narrativa envolvente e personagens carismáticos, assim, foi com curiosidade e altas expectativas que acompanhei o lançamento do “Neve na Primavera”, e me forcei a esperar toda a agitação passar, para poder acompanhar o livro sem maiores exigências.

20 de julho de 2015

Hitman: Matador por Acaso – Primeira Temporada: Vol. 01, 02 & 03, de Hiroshi Mutou [Resenha #229]

Hitman


Sinopse: Tokichi Inaba, 34 anos. É um competente vendedor externo de uma empresa alimentícia que, por acidente, se encontrou com o Magnum duplo original que estava gravemente ferido depois de levar um tiro. Mesmo a contragosto, Tokichi teve que assumir o lugar do assassino verdadeiro e se tornar um hitman (matador profissional). Agora o pobre vendedor vai ter de se desdobrar para poder levar a vida de marido e vendedor com a de assassino.


Já falei um pouco sobre o primeiro volume de “Hitman: Matador por Acaso”, nesta coluna do blog que não foi adiante. Publicado no Japão originalmente na revista Semanário Mangá Goraku desde 2005, o mangá já conta com vinte e quatro volumes encadernados publicados por lá, e eu torço fortemente para que cheguem por aqui. Publicado pela Nova Sampa, o mangá já teve seis volumes publicados no Brasil, dividido em duas temporadas de três volumes, é da primeira que vou falar agora.

13 de julho de 2015

Estava Escrito, de Gunnar Staalesen [Resenha #228] [Desafio de E-Books 2015]

Estava Escrito


Sinopse

: As aventuras do detetive Varg Veum o levam a um mundo obscuro, em que adolescentes privilegiados são atraídos para as drogas e a prostituição. E a situação fica ainda pior quando o juiz local é encontrado morto em um hotel de luxo, usando lingerie, e pais desesperados imploram para que Veum encontre uma garota desaparecida.

No rastro das pistas que encontra, Veum percebe que precisa seguir com suas investigações no impiedoso submundo de Bergen, na Noruega. O que era, a princípio, uma investigação de rotina, torna-se um jogo extremamente perigoso e eletrizante, que o detetive precisará resolver em uma corrida contra o tempo…


Fazia já algum tempo que não lia um romance policial e senti uma necessidade muito forte de fazê-lo quando terminei o “O Dia Depois de Amanhã”, quase como se precisasse disso para não cair em uma ressaca literária – que sempre acontece comigo quando termino livros dos quais gosto muito e fico pensando neles ainda um bom tempo depois de terminada a leitura. Somado ao fato de que tinha muita curiosidade em ler algo do catálogo da Vestígio – que publica essencialmente policiais – decidi ler o “Estava Escrito”, que ainda tem o bônus de ser um policial nórdico, que já andou mais na moda, é verdade, mas sempre é tempo para se conhecer novos autores.

29 de junho de 2015

O Manual da Garota Geek, de Sam Maggs [Resenha #226]

O Manual da Garota Geek


Sinopse: Fica a dica, mundo: nada é mais legal do que ser uma garota geek O manual da garota geek é o guia especial de tudo aquilo que nos faz incrível: nossas paixões. Embora o restante da humanidade acredite que as geeks são pessoas muito estranhas, a verdade é que apenas amamos e nos envolvemos demais com as melhores coisas da vida. Não importa o que você ame – quadrinhos, seriados de ficção científica, literatura juvenil –, se acabou de chegar ou se adora há anos, para ser uma garota geek o importante é amar com intensidade. Desde aprender a iniciar um blog legal sobre seus hobbies, planejar o próximo cosplay, organizar um evento geek ou simplesmente entender que tipo de nerd você é, este livro está aqui para ajudá-la. Encontre aqui tudo o que você precisa para que sua nerdice seja longa e próspera!


Olha só como funciona o destino! Pra quem reclamou de sexismo pelo fato de que o Geek Love falava de amor para meninos – apesar de o autor deixar bem claro que uma leitora poderia adaptar o texto para sua conveniência – a Única lança agora o “O Manual da Garota Geek”, que ensina as garotas – e a nós meninos também, não entremos em crise nem vamos polemizar por causa desses meros detalhes – a se situarem em um mundo de livros, games, séries, filmes e de tantas mitologias próprias que é muito fácil se perder.

1 de junho de 2015

Em Busca da América, de Anne Tyler [Resenha #221]



Sinopse: No aeroporto de Baltimore, dois casais aguardam a chegada de um vôo proveniente da Coréia, que traz duas crianças a serem adotadas. O casal Donaldson é a típica representação "americano médio" - Bitsy e Brad ostentam buttons de "Mamãe" e "Papai", além de estarem acompanhados do restante da família, que traz filmadoras e balões. Já Ziba e Sami Yazdan, de ascendência iraniana, apresentam um comportamento discreto, sem muitos festejos. Apesar das diferenças, é o início de uma amizade, que vai colocar em foco a "identidade americana".


Não conhecia Anne Tyler até ter a oportunidade de ler “O Começo do Adeus”, que foi publicado há alguns anos pela Editora Novo Conceito, e me surpreendi muito com o livro da autora, passando a ter profundo respeito e admiração pela sua obra. Só que eu me via em uma posição ambígua: apesar de querer muito ler algo mais dela, fazê-lo é olhar, inevitavelmente, para dentro de si, e não sei se estava pronto, até agora.

29 de maio de 2015

Zero Eterno Vol.01, de Naoki Hyakuta e Souichi Sumoto [Resenha #220]

Zero Eterno

Sinopse: Kentaro Saeki, um jovem de 26 anos, sente que sua vida está estagnada - há alguns anos reprovando no exame nacional de advocacia, o rapaz sente falta de algo que o faça ter motivação e fazer o 'motor' da sua vida funcionar. até que, um dia, sua irmã o contrata para uma importante pesquisa - descobrir quem foi Kyuzo Miyabe, seu verdadeiro avô, homem que batalhou nos céus da guerra do pacífico de 60 anos atrás, pilotando um caça Mitsubishi a6m zero, e morreu em missão pelo tokkotai, a esquadra de pilotos suicidas muito atuante durante a segunda guerra mundial. a partir disso, Kentaro vê sua vida finalmente tomar um rumo ao descobrir mais sobre os valores e o modo de pensar de quem sobreviveu a esse passado não tão distante e confrontá-los com o presente que não parece entendê-los.

Zero Eterno é uma mangá histórico, baseado no livro de mesmo nome, publicado em 2013, escrito por Naoki Hyakuta que se tornou um fenômeno de vendas no Japão, sendo comercializadas apenas no ano de lançamento mais de três milhões de cópias, fazendo com que ganhasse adaptações para o cinema, doramas, e esta em mangá, com arte de Souichi Sumoto.

13 de abril de 2015

Geek Love, de Eric Smith [Resenha #213]

Geek Love


Sinopse: Eric Smith sabe mais do que ninguém que existem prazeres imensos na vida geek. Amigos incríveis, conversas até de madrugada sobre realidades alternativas ou até mesmo o simples prazer de ler aquele lançamento de quadrinhos. No entanto, chega um momento na vida de todo nerd em que o amor bate à porta e daí vem a hora de jogar o xadrez tridimensional que é o mundo dos solteiros.

Não se desespere, jovem Padawan! Deixe Smith guiá-lo por esse caminho e descubra que amar é muito mais do que flores e bombons. Afinal, nada é normal na vida do nerd, e o amor não é senão o mais extraordinário dos fenômenos humanos.


Ser nerd é legal! E é muito bom ver como o mercado voltado a este público vem crescendo e sendo respeitado, ao mesmo tempo em que vai perdendo aquele significado pejorativo e a imagem estereotipada a que sempre era associada. O selo Única, por exemplo, tem programado para este mês mais um lançamento do gênero, e nunca antes na história da república das bananas tantos títulos em mangás e quadrinhos chegaram às bancas, tantos colecionáveis eram lançados e feiras cheias de fãs fervorosos e ansiosos por itens relacionados ganhavam destaque e público cada vez maior. E isso por uma simples razão: nerds/geeks gastam quase que compulsivamente em seus interesses.

2 de março de 2015

A Garota que Tinha Medo, de Breno Melo [Resenha #207]

A Garota que tinha medo


Sinopse: A Garota que Tinha Medo - Marina é uma jovem que faz tratamento para a síndrome do pânico. Às voltas com o ingresso na universidade, um novo romance e novas experiências, Marina tem seu primeiro ataque de pânico. Sua vida vira de cabeça para baixo no momento mais inapropriado possível e então psiquiatras e psicólogos entram em cena. Acompanhamos suas idas ao psiquiatra e ao psicólogo, o tratamento farmacológico e a psicoterapia. Ao mesmo tempo, conhecemos detalhes de sua vida amorosa e sexual, universitária e profissional, social e familiar na medida em que elas são marcadas pela síndrome. Um tema atual. Uma excelente obra tanto para conhecimento do quadro clínico como entretenimento, narrada com maestria e de uma sensibilidade notável.


Meu primeiro contato com o livro se deu através da resenha que a Alessandra Tapias publicou em seu blog, o Tô Pensando em Ler. Lá comentei o quanto o tema me era caro por ter pessoas bastante próximas a mim que já sofreram com isso, e isso, de certa forma, atraiu a atenção do autor, Breno Melo, que entrou em contato perguntando se gostaria de ler o livro. Bom, é claro que sim!

9 de fevereiro de 2015

As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender, de Leslye Walton [Resenha #204]

As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender


Sinopse: Gerações da família Roux aprenderam essa lição da maneira mais difícil. Os amores tolos parecem, de fato, ser transmitidos por herança aos membros da família, o que determina um destino ameaçador para os descendentes mais jovens: os gêmeos Ava e Henry Lavender. Henry passou boa parte de sua mocidade sem falar, enquanto Ava que em todos os outros aspectos parece ser uma jovem normal nasceu com asas de pássaro.

Tentando compreender sua constituição tão peculiar e, ao mesmo tempo, desejando ardentemente se adaptar aos seus pares, a jovem Ava, aos 16 anos, decide revolver o passado de sua família e se aventura em um mundo muito maior, despreparada para o que ela iria descobrir e ingênua diante dos motivos distorcidos das demais pessoas. Pessoas como Nathaniel Sorrows, que confunde Ava com um anjo e cuja obsessão por ela cresce mais e mais até a noite da celebração do solstício de verão. Nessa noite, os céus se abrem, a chuva e as penas enchem o ar, enquanto a jornada de Ava e a saga de sua família caminham para um desenlace sombrio e emocionante.


Se aceitam um conselho, não leiam sinopses. Nunca, jamais! Escolham o livro que querem ler por intuição, as chances de se decepcionar são grandes, é verdade, mas quando algo realmente bom surgir, as sensações ao final da leitura são indescritíveis. Foi isso que aconteceu comigo lendo o relato de Ava Lavender.

25 de novembro de 2014

A Formatura – O Teste: Livro 3, de Joelle Charbonneau [Resenha #197]

A Formatura


Sinopse: O futuro nunca foi tão incerto e desesperador. Cia Vale jamais imaginaria que as coisas pudessem chegar a esse ponto. Ela tem uma importante missão: liderar as ações para a verdadeira reconstrução do mundo pós-guerra, um caminho sem volta. Agora, ela é a peça-chave para concretizar o plano de pôr fim ao Teste, para o bem das pessoas. Diante de um horizonte cheio de cicatrizes brutais, uma guerra prestes a começar e um governo cruel e corrompido, Cia não tem escolha a não ser se preparar para chegar às últimas consequências – se for preciso.


Não são todos os dias que se termina uma série. Para ser sincero, confesso que gosto mais de começá-las que de terminá-las.

28 de outubro de 2014

Ratos e Homens, de John Steinbeck [ #SawyerRC ] [Resenha #193]

Ratos e Homens - Texto


Sinopse: George e Lennie são dois amigos bem diferentes entre si. George é baixo e franzino, porém astuto, e Lennie é grandalhão, uma verdadeira fortaleza humana, mas com a inteligência de uma criança. Só o que os une é a amizade e a posição de marginalizados pelo sistema, o fato de serem homens sem nada na vida, sequer família, que trabalham fazendo bicos em fazendas da Califórnia durante a recessão econômica americana da década de 30. Ganham pouco mais do que comida e moradia. No caminho, encontram outros sujeitos pobres e explorados, mas também situações que colocam em risco a sua miserável e humilde existência. Em Ratos e homens, Steinbeck levou à maestria sua capacidade de compor personagens tão cativantes quanto realistas e de, ao contar uma história específica, falar de sentimentos comuns a todos seres humanos, como a solidão e a ânsia por uma vida digna.


Já fazem uns bons anos desde que tive minha primeira experiência com Steinbeck. Estava no colegial e o senso apurado da bibliotecária da escola, na época, me guiava com precisão na descoberta de novos autores. Mais ou menos na mesma época ela me apresentou Hemingway, Allende e Bronte – a Charlotte.

9 de setembro de 2014

Morte Na Praia, de Agatha Christie [ #SawyerRC ] [Resenha #187]

Morte na Praia Texto


Sinopse: Arlena Stuart adorava o sol, e era frequente ver seu lindo corpo bronzeado estendido na praia, o rosto pousado na areia. Só que desta vez não havia sol... ela tinha sido estrangulada. Desde a chegada de Arlena, Poirot tinha percebido algo diferente entre os veranistas, uma tensão sexual pairando no ar. Poderia um crime aparentemente passional ter sido ao mesmo tempo uma ação premeditada, muito mais perversa? Os álibis parecem perfeitos neste empolgante mistério à beira-mar.


Agatha Christie foi, talvez, minha primeira paixão literária, a primeira autora que busquei ler tudo o que encontrava disponível, e que, invariavelmente, acabava me agradando em tudo aquilo que lia – em diferentes graus, claro, mas sempre com bom índice de satisfação.

21 de julho de 2014

Lugar Nenhum, de Neil Gaiman [Resenha #179]

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Sinopse: Em 'Lugar Nenhum' Neil Gaiman conta a história de Richard Mayhew, um jovem escocês que vive uma vida normal em Londres. Tem um bom emprego e vai se casar com a mulher ideal. Uma noite, porém, ele encontra na rua uma misteriosa garota ferida e decide socorrê-la. Depois disso, parecer ter se tornado invisível para todas as outras pessoas. As poucas que notam sua presença não conseguem lembrar exatamente quem ele é. Sem emprego, noiva ou apartamento, é como se Richard não existisse mais. Pelo menos não nessa Londres. Sim, porque existe uma outra - a Londres-de-Baixo. Constituída de uma espécie de labirinto subterrâneo, entre canais de esgoto e estações de metrô abandonadas, essa outra Londres é povoada por monstros, monges, assassinos, nobres, párias e decaídos - e é para lá que Richard vai.

Lugar Nenhum é o primeiro romance de Neil Gaiman, autor dos best-sellers Deuses Americanos (Conrad, 2004) e Filhos de Anansi (Conrad, 2006), e criador da revolucionária série de quadrinhos Sandman. Concebida originalmente como série de TV em seis capítulos, Lugar Nenhum foi transmitida pela rede inglesa BBC. A transformação em romance resultou em sucesso imediato, conduzindo a obra às listas de best-sellers do Los Angeles Times e do San Francisco Chronicle, entre outras.


Gaiman não é uma unanimidade mas, ao meu ver, é um dos autores que mais se aproximam disso. Uma menção ao seu nome trás uma fascinação ímpar, gera um interesse genuíno, e reações apaixonadas. É claro, eu posso estar redondamente enganado, mas, sinceramente, é o que me parece.

23 de setembro de 2013

Corações Feridos, de Louisa Reid [Resenha #144]

Corações Feridos

 

Sinopse: Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, mas muito diferentes. Enquanto Hephzi é linda e voluntariosa, Reb sofre da Síndrome de Treacher Collins — que deformou enormemente seu rosto — e é mais cuidadosa. Apesar de suas diferenças, as garotas são como quaisquer irmãs: implicam uma com a outra, mas se amam e se defendem. E também guardam um segredo terrível como só irmãos conseguem guardar. Um segredo que esconde o que acontece quando seu pai, um religioso fanático, tranca a porta de casa. No entanto, quando a ousada Hephzibah começa a vislumbrar a possibilidade de escapar da opressão em que vive, os segredos que rondam sua família cobram-lhe um preço alto: seu trágico fim. E só Rebecca, que esteve o tempo todo ao lado da irmã, sabe a verdadeira causa de sua morte... Hephzi sonhara escapar, mas falhara. Será que Rebecca poderia encontrar, finalmente, a liberdade?

Eu esperava muito pouco de “Corações Feridos”, mas no fim o livro me entregou muito, e me surpreendeu por sua densidade. Quão bom é quando isso acontece? Trazendo a trágica história da vida de duas irmãs gêmeas, Rebbeca e Hephzibah – se achou  o nome estranho é porque não conhece a família, e por mais inusitado que seja, seu significado casa bem com o que se verá no livro – filhas de um pastor que vivem na Inglaterra e tem uma rotina familiar envolta em mistérios e segredos.

19 de agosto de 2013

Cadê Você Bernadette?, de Maria Semple [Resenha #140]

Cade Você BernadetteSinopse: Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa. Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem de família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle - e às pessoas em geral - que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática. Para encontrar sua mãe, Bee compila e-mails, documentos oficiais e correspondências secretas, buscando entender quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem e o motivo de seu desaparecimento. Maria Semple revela, em seu segundo romance, a influência de grandes escritores contemporâneos como Jonathan Franzen e Jeffrey Eugenides, ao mesmo tempo que se afirma como uma voz original, marcada pelo melhor humor das séries de TV norte-americanas. Sem sentimentalismos, mas com muita empatia, Cadê você, Bernadette? trata do amor incondicional de uma filha por sua mãe imperfeita.

Ok. Acho que nunca tive em mãos um livro tão bem amarrado, que prendesse tanto minha atenção como “Cadê Você Bernadette?”. Li o livro em dois dias isso por ter me forçado a interromper a leitura, já que ele é daquele tipo de livro que você lamenta por saber que, uma hora, vai terminar de ler.

24 de maio de 2013

O Livro do Amanhã, de Cecelia Ahern [Resenha #129]

O Livro do Amanhã


Sinopse: Nascida no luxo, Tamara Goodwin, de 16 anos, nunca precisou olhar para o amanhã, até que a morte abrupta de seu pai deixa a ela e a sua mãe uma montanha de dívidas e as obriga a se mudarem para a casa dos tios de Tamara, em um vilarejo no interior. Solitária e entediada, a única diversão de Tamara é uma biblioteca itinerante. E ali, ela encontra um livro muito misterioso. Tamara vê inscrições com sua própria letra e datadas para o dia seguinte. Quando tudo acontece exatamente como o livro previa, ela percebe que pode ter encontrado a solução para seus problemas. No entanto, Tamara descobre que é melhor não virar algumas páginas e que, apesar de muito tentar, não pode mudar o destino.


Se eu tivesse entendido o fantástico presente na obra da autora Cecelia Ahern, provavelmente teria aceitado com muito mais facilidade a intervenção da “Vida” de Lucy em “A Vez da Minha Vida”. Uma das coisas que reclamei foi da estranheza do fato – a vida de alguém intervindo na vida desta pessoa – e de como ficava difícil seguir com a narrativa sem imaginar o quão impossível aquilo era.

20 de maio de 2013

A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra [Resenha #128]

A Livraria 24 Horas do Mr Penumbra

 

 

 

 

 

Sinopse: A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…

Virei a última página do livro agora pouco, então tudo ainda está muito fresco na memória e ainda sinto de forma bastante pronunciada a satisfação que me tomou de conta quando o terminei de ler. Faz algum tempo que não sentia isso, que não sentia tanta gratidão por ter tido a oportunidade de ler um livro. Valeu a pena cada minuto passado na livraria de Mr. Penumbra.

24 de abril de 2013

A Caneta e o Anzol [Resenha #123] [Livro que Viaja]

A Caneta e o Anzol

 

 

 

Sinopse: Poucos escritores evocam com mais autenticidade a vida, os costumes e o modo coloquial de falar das pessoas do interior do que o consagrado autor paranaense Domingos Pellegrini, vencedor do Jabuti e diversos outros prêmios. Em 16 singelos contos ilustrados cujo tema predominante é a pescaria — sem nada de épico à semelhança de Moby Dick, mas com momentos de pura emoção que encontramos como em O velho e o mar, de Hemingway —, Domingos nos convida, neste livro encantador, a descobrir os prazeres simples da vida no campo, do encontro com os amigos, das reuniões em família, das tranquilas excursões à cata de peixes, do inigualável espetáculo do pôr do sol sobre um rio, trazidos à superfície pelo seu talento literário e pela notável sensibilidade do artista Fernando Souza.

Meu primeiro encontro com Domingos Pellegrini foi completamente por acaso. Apesar de possuir diversos livros publicados, não conhecia o autor quando tive em mãos o “O Caso da Chácara Chão”, lançado pela Editora Record. Comecei a lê-lo pensando se tratar de um romance policial – a capa com a arma ajudava a dar esta impressão – era uma época na qual esta era minha principal leitura, lá pelos meus quinze/dezesseis anos, mas ele me saiu tão diferente que não sei se esta é a classificação correta para ele.

Abri um livro de um autor desconhecido – para mim – e fechei o de um dos meus preferidos.

18 de abril de 2013

A Elite – The Selection Livro 2, de Kiera Cass [Resenha #122]

A Elite


Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.

America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.


Depois de ter ficado satisfeito com os rumos que a autora, Kiera Cass, deu para “A Seleção”, comecei a leitura de “O Príncipe”, conto disponibilizado pela Seguinte onde conhecemos o que Maxon, o Príncipe, pensa a respeito da seleção, e terminei a leitura tirando duas conclusões:

Oscar